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sexta-feira, 5 de janeiro de 1996

Agenda: Janeiro/1996

Feira gospel promete novidades

Carlos Fernandes
Mattos Nascimento cantará na II Fimae

As novidades do mundo gospel estão na feira. Nos dias 8 a 13 de janeiro vai acontecer no Maracanázinho, Rio de Janeiro, a 2ª Feira Internacional de Material Evangélico e Produtos Alternativos - II Fimae. Mais de 60 expositores estarão mostrando os produtos identificados com a mensagem cristã. Além das sessões de autógrafos, o evento contará com as Noites Musicais. Vários cantores e grupos já confirmaram presença, como Mattos Nascimento, Shirley Carvalhaes, Complexo J e Sinal de Alerta. Entre os convidados internacionais está o violonista Robson Miguel, artista da TV Espanhola, induído entre os dez maiores do mundo, que já tocou com Paco de Lucia. Os participantes concorrerão a vários prêmios, inclusive um carro O km.

Vestibular na MPC

Estão abertas até dia 2 de fevereiro as inscrições para os exames de admissão ao curso de Especialização em Ministério com Juventude na Escola de Liderança e Ministério (RIM) da MPC - Mocidade Para Cristo do Brasil. As provas de seleção serão nos dias 10 e 11 de fevereiro. O curso de período integral, começa no dia 27 de fevereiro e tem duração de nove meses. A escola também possui outros cursos de duração menor:

  • Técnico em Ministério com Juventude, com duração de 3 meses;
  • Técnico em Ministério com Juventude por Correspondência;
  • Técnico em Ministério com Juventude em Regime Aberto;
  • e Introdução ao Ministério com a Juventude, curso intensivo em um fim de semana.

As inscrições podem ser feitas pelo telefone (031) 443-6723 ou escrevendo para o caixa postal 1508, CEP 30161-970, Belo Horizonte (MG).


Do Ceará para o mundo

Carlos Fernandes
Ricardo Gondim fala sobre
missões em seminário cearense

O Evangelho para todos os povos. Este é o tema da 9° Conferência Missionária Betesda, nos dias 18 a 21 de janeiro na Igreja Evangélica Assembléia de Deus Betesda, em Fortaleza (CE). Os preletores serão os pastores Ricardo Gondim (SP), Carlos Boucinha (CE), Manoel Filho (BA) e Mordes Pereira (CE), além da missionária Ana Maria (Moçambique). A Igreja Betesda tem missionários no interior cearense, na índia e em Moçambique. Quem quiser participar deve ligar para (085) 272-1869.


Evangelismo no sertão

A cidade de Patos, no alto sertão da Paraíba, será sacudida na segunda semana de janeiro. Diversas igrejas evangélicas do município, de cerca de 100 mil habitantes, resolveram juntar suas forças para realizar uma cruzada nos dias 12, 13 e 14, organizada pelos departamentos de mocidade. Cerca de 400 jovens estarão envolvidos no projeto, que inclui uma programação musical durante o dia, seguida de evangelismo pessoal e cultos noturnos na Praça João Pessoa. Várias igrejas já confirmaram participação, entre elas a Primeira Congregacional, a Presbiteriana Fundamentalista, a Batista da Vitória, a Assembléia de Deus Madureira e a Pentecostal da Missão.

sexta-feira, 1 de dezembro de 1995

Por uma nova Reforma


Por Ricardo Gondim

Nasci num lar de católicos tipicamente nominais, daqueles que pouco vão à igreja e transitam sem muita dificuldade por centros espíritas e cartomantes. Fiz minha primeira comunhão, como a maioria das crianças brasileiras, para desincumbir a família das obrigações sociais. Nesse ambiente, familiarizei-me com uma linguagem ecumênica.

Minha infância foi cheia de medos. Vez por outra, entreouvia conversas sobre almas penadas. Naquelas noites, com certeza, perdia o sono.

Converti-me numa Igreja Presbiteriana. E que alívio. Logo habituei-me com uma linguagem totalmente nova. Os conteúdos da mensagem evangélica significaram valores profundamente libertadores para mim. Primeiro, aprendi que a salvação não depende diretamente de mim, ela aconteceu no Monte Calvário, há quase dois mil anos. Pela fé nos méritos expiatórios de Cristo, eu podia ter certeza de minha salvação. Depois, soube que o mundo dos mortos não é angustiante. O destino eterno das pessoas vai selado pela decisão de aceitar ou rejeitar o dom gratuito de Deus. Quão glorioso foi para mim viver sem o constante assédio das almas penadas do meu imaginário. Foi-me apresentada uma mensagem na qual Cristo reinava sobranceiro, gloriosamente entronizado como Senhor dos senhores. Naqueles dias de neófito, o Senhor era meu tudo, e a vida cristã, uma alegria contagiante.

Passados mais de 25 anos, a igreja mudou muito. Estarrecido, deparo-me com uma Igreja Evangélica carente de intermináveis correntes para alcançar o favor de Deus. Medrosa de maldições, essa Igreja precisa constantemente quebrar encantos. Incerta quanto ao soberano controle de Deus, nomeia paranoicamente a atuação de demônios que precisariam ser amarrados para não manipularem nossa história. Aturdido, vejo essa Igreja reelaborando a água benta da minha infância, com o nome de água fluidificada. Isso para não falar do sal grosso, dos ramos de arruda e de uma longa lista de superstições praticadas em nome da fé evangélica.

"Influenciada por uma concepção materialista, a igreja Evangélica brasileira tem se lançado numa busca desenfreada para alcançar multidões, sem se importar como"

Alguns tentam explicar esses acontecimentos como sincretismo. Diante da rápida expansão dos evangélicos e seu lamentável enfraquecimento doutrinário, a igreja teria, inconscientemente, incorporado valores da religiosidade popular. Não creio assim. Penso testemunharmos um fenômeno puramente mercadológico. A fim de alcançar as massas em um tempo mínimo, apela-se para atalhos não evangélicos. Influenciada por uma concepção materialista e enxergando no crescimento numérico um fator divino, a Igreja Evangélica tem se lançado numa busca desenfreada para alcançar as multidões, sem se importar como. Assim, princípios fundamentais da fé vão sendo deixados de lado. Importa hoje ocupar espaços físicos, mostrar-se visível. Infelizmente, em alguns momentos, essa visibilidade tem sido prejudicial.

A apropriação desses valores da religiosidade popular é desonesta. Parecemos com católicos e espíritas, não porque os admiramos, mas para cooptar seus fiéis. Esse adultério brasileiro dos princípios da fé cristã agrava o coração de Deus, gera cristãos sem conversão genuína e, pior, é antiético.

A Igreja Evangélica brasileira deve lembrar-se de onde caiu, arrepender-se e voltar à prática das primeiras obras (Apocalipse 2:5). É tempo de voltar à Bíblia. Buscar uma nova Reforma. Quando a igreja medieval naufragava no lamaçal das indulgências, Deus levantou Maninho Lutero, conclamando o povo ao Sola Scriptura. Basta de invencionice humana somente para atrair multidões. A mensagem dos nossos púlpitos deve voltar a ser }astreada pela graça. As pessoas não precisam fazer mais nada para alcançar o favor de Deus.

Deus é por nós. As forças diabólicas não nos atormentam. Cristo já derrotou a perigosa serpente. Agora é possível descansar em Seu amor. Não há mais demônios a serem amarrados, "pois tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, cravando-o na cruz. E, despojando os principados e as potestades publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz" (Colossenses 2:14-15).

Que a igreja abandone urgentemente qualquer obsessão mercadejadora da fé e volte ao caminho do discipulado. Assim, pode ser que não se impressione com superlativos numéricos e cumpra sua vocação de ser sal e luz. Soli Deo Gloriae.


Ricardo Gondim é presidente da Fraternidade Teológica Latino-americana no Brasil e pastor da Igreja Betesda em São Paulo

Revista Vinde - Edição 3

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