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sexta-feira, 5 de janeiro de 1996

Liberdade, Legalismo ou licenciosidade?

Por George R. Foster

CHARLES WESLEY descreveu a nossa liberdade em Cristo na letra do grandioso hino And Can it Be?

"Desejoso a esperar o meu espírito aprisionado
Acorrentado no pecado e na natureza noturna.
Teus olhos difundiram luz
Eu acordei, a prisão flamejou com a luz.
As minhas cadeias caíram.
Meu coração estava livre,
Eu me levantei, fui em frente e te segui"

Liberdade para seguir Jesus, que maravilha! Porém, como os gálatas do período do Novo Testamento, hoje muitos cristãos que uma vez experimentaram a liberdade através da graça salvadora de Cristo já não vivem mais nesta liberdade. Eles perderam a paz, a felicidade e a certeza que chegara às suas vidas com a conversão e caíram em aprisionamento do legalismo auto-justificativo ou da licenciosidade auto-indulgente.

Alguns são manipulados por líderes que se esquecem da graça e impõem leis de sistema, fórmulas e exercícios espirituais designados a guiar os seus seguidores no reino da vida. Geralmente, estas leis são distorções ou más aplicações das Escrituras, prescritas por homens e mulheres com sede de poder, cuja necessidade de autoridade impele-os a ditar o que os cristãos devem fazer, ver, ouvir, sentir, experimentar, praticar, preferir e até pensar. A lista de "não pode" geralmente é muito maior do que a lista de "pode".

Talvez o problema não seja tanto que os cristãos obedeçam a tais regulamentos - eles são relativamente inofensivos se meramente seguidos como guias de comportamento -, mas muitos vão além disso. Eles confiam nessas imposições como a fonte de crescimento, justiça e espiritualidade. Eles se tornam orgulhosos delas, dependentes e escravizados por elas. Outros reagem a esse tipo de manipulação, mas vão para o extremo oposto, insistindo que a liberdade significa fazer o que quisermos, sem nenhuma consideração pela vontade de Deus, o senhorio de Cristo ou o bem-estar dos outros. Da mesma forma, se não colocarmos os desejos sob o controle de Deus, eles vão nos controlar e nos escravizar.

Paulo escreveu para os gálatas a respeito dos extremos do legalismo e da licenciosidade, e os advertiu a trilhar o caminho da liberdade. Preste bastante atenção a estes dois importantes versículos: "Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais de novo a jugo de escravidão" (Gálatas 5.1). "Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém, não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor" (Gálatas 5.13).

Escolha o caminho que você seguirá - Paulo mostrou para os galaras que Deus tinha posto à frente deles um caminho de liberdade para seguir, evitando, por um lado, os extremos do legalismo e, por outro, a licenciosidade. Há um caminho de liberdade no Espírito Santo que conduz à vitória. Também há caminhos paralelos, na carne, que levam à derrota.

Liberdade quer dizer que somos perdoados pelos nossos pecados e libertos da penalidade e daquela formação de hábitos destrutivos do pecado. Ela traz espontaneidade e autenticidade à..nossa caminhada com o Senhor, e à habilidade de respondermos a Deus e fazermos a Sua vontade. A liberdade é tudo o que resulta de se experimentar as palavras de Jesus: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8.31). Legalismo é adesão excessiva à letra da Lei, sem se preocupar com o Espírito nela. É uma tentativa de agradar a Deus e manipular a vida da igreja pela observância, multiplicação e imposição rígida das leis. É o que os fariseus tentavam fazer e Jesus tão severamente condenou.

Licenciosidade significa desprezo pelas regras e padrões, falta de controle moral. Outra palavra para isso é libertinagem. Na antiga Roma, libertina era uma pessoa que tinha sido liberta da escravidão. Mais tarde, a palavra veio a significar uma pessoa que vive uma vida imoral. Alguns querem liberdade para fazer o que desejam. Eles se esquecem de que ter Jesus como Salvador e Senhor é viver em submissão ao seu senhorio.

Pedro se une a Paulo ao apontar os perigos da licenciosidade e nos dá um bom exemplo. "Como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto de malícia, mas vivendo como servos de Deus. Tratai a todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai ao rei". (1 Pedro 2.16,17).

Liberdade, legalismo ou licenciosidade? O caminho de Deus para a liberdade é o caminho balanceado, o caminho bíblico, o melhor caminho.

George R. Foster, pastor americano, é escritor e diretor da Missão Evangelistica Betânia na America do Sul

sexta-feira, 1 de dezembro de 1995

A suprema revelação

Por Russel Shed

Carlos Fernandes
Todas as obras da Criacão manifestam a existência e o poder de Deus

A única fonte fidedigna da verdadeira Teologia é a revelação que Deus tem dado de si. A revelação geral de Deus pode ser detectada por meio da Criação. Sabemos que tudo que existe - sol, estrelas, lua, terra, plantas, animais e pessoas - não existe por acaso. A complexidade da Criação deixa claro que houve um desenhista inteligente. A falta de evidência fósseis de intermediários nos elos entre as plantas, bem como o de -animais mais simples para os mais complexos, se faz notória. A única explicação razoável, portanto, da existência do universo e tudo o que nele está nos leva a uma conclusão teológica.

O que podemos saber acerca do Criador pela observação e raciocínio? Paulo afirma em Romanos 1:21: "Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se ententem, e claramente se vêem, pelas coisas que estão criadas". A este conhecimento revelado sem palavras e baseado no evidente desenho e propósito dos elementos todos chamamos Teologia Natural. Mas a Teologia especial que chegou até nós pela Palavra inspirada tem muito mais valor. Pela Bíblia ganhamos o conhecimento de Deus que garante a salvação. "Examinais as escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam" (João 5:39).

Pela inspiração do Espírito Santo, profetas e apóstolos escreveram justamente o que Deus queria comunicar (2 Pedro 1:21). Paulo declara que "toda escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir. para corrigir, para instruir na justiça" (2 Timóteo 3:16). Pelo vocábulo inspirado, Paulo quis comunicar que as Escrituras correspondem à palavra falada por Deus. Sabemos que a Bíblia não foi ditada, porque os autores usaram seus próprios estilos na redação. Mas o conteúdo veio de Deus e por ele foi controlado para não ser contaminado por qualquer erro. "A Escritura não pode ser anulada" (João 10:35) mostra que Jesus Cristo não admitia erro no texto sagrado. Compare também com Mateus 5:17, 18.

Quando formamos um corpo de doutrinas enraizadas nos ensinamentos das Escrituras, o chamamos de Teologia Bíblica. Naturalmente, saber o que a Bíblia ensina sobre Deus e entender seus atributos não significa que o conhecemos. O conhecimento de Deus baseia-se em verdades reveladas, mas o encontro que promete a vida eterna depende de contato pessoal com ele. Por meio de oração e o ouvido do coração, essa comunhão, tênue e precária no início, torna-se forte e constante. Assim se cria amizade e lealdade. Assim a Teologia faz parte da vida.

Após explicar para seus discípulos que ele ia embora para o Pai, Jesus disse: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra (as suas ordens), e o meu Pai o amará e viremos para ele, e faremos nele morada" (João 14:23). Não temos capacidade de entender tudo que esta promessa oferece ao cristão obediente, mas uma coisa fica clara: Deus Pai, Filho e Espírito Santo, o Deus triuno, comunica-se tão completamente com os que nele confiam e o buscam que a separação entre o homem remido e seu Deus é anulada.

As implicações são múltiplas. Quem se aprofunda no estudo da Teologia deve ter uma compreensão mais acurada deste relacionamento que Jesus chamou "vida abundante" (João 10:11). Paulo também fez referência à realidade de Cristo vivendo nele (Gálatas 2:20). Mas muitos pensam somente na superfície, não querendo qualquer preocupação com a Teologia. Suas vidas, conseqüentemente, se empobrecem. Alguns abandonam o esforço, achando que a vantagem é efêmera e estéril.

Apelamos para nossos leitores a desligar a televisão e gastar uns minutos diariamente para abrirem suas mentes para verdades que beneficiam grandemente a vida.


Russel Shedd é teólogo, conferencista e professor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo.


Revista Vinde - Edição 3

--- Reage Fábrica Pastor Jimmy Swaggart Epistolas do Leitor Eles não gostam de oposição Os "ro...