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sexta-feira, 1 de março de 1996

A incrível paz de Deus (parte 1)

Por George R. Foster

Em meio às pressões do cotidiano há uma promessa para nossos corações

O nosso mundo parece uma panela de pressão, com os grandes problemas mundiais cada vez mais próximos. As guerras atacam os nossos nervos, a fome nos persegue nas revistas e telas de tevê, a superioridade tecnológica das grandes corporações ameaça nossas chances no mercado de trabalho. Gravidez na adolescência, aborto e doenças sexualmente transmissíveis podem estar a apenas um encontro mal escolhido dos nossos filhos. Muitos dos políticos eleitos servem a si próprios, ao invés de servirem à nação. Não é de espantar que estejamos emocionalmente angustiados. Mas, a Palavra de Deus nos promete paz, mesmo em tempos difíceis.

SEMPRE ALEGRE - A paz é uma grande palavra de três letras. Jesus orou para que tivéssemos a sua paz. Neemias disse "Os anjos anunciaram bodas de felicidade para todas as pessoas." Tiago aconselhou: "Considere como pura felicidade quando você enfrentar tribulações." Mas, o que é felicidade? Uma emoção a ser procurada? Uma virtude a ser cultivada? Um sentimento que vem quando as circunstâncias estão corretas? Tem que ser mais que um sentimento, porque eu nunca encontrei um versículo que nos ordenasse como sentir. Paulo não disse sinta-se feliz, mas "assuma uma atitude de felicidade; alegre-se em Deus e tenha fé; deixe todas as circunstâncias, boas ou más, serem uma razão para você se alegrar". Deus não pede para nos alegrarmos em função das circunstâncias. Ele ordena que nos alegremos em todas as circunstâncias. Ao invés de deixarmos os nossos humores mudarem conforme os acontecimentos, devemos ver Deus acima e até por trás deles.

MODERAÇÃO COM TODOS - A maioria dos nossos problemas tem rostos e nomes. Nós nos preocupamos com as pessoas. Será que nos notam, gostam de nós, nos respeitam, nos aceitam, falam de nós, estão nos gozando? E sobre nós? Será que estamos tratando as pessoas da maneira como gostaríamos de ser tratados? Somos amáveis e gentis? Deus disse "Nunca te deixarei nem te desampararei. De maneira que digamos com confiança: O Senhor é quem me ajuda, não temerei o que possa me fazer o homem."

"Aquele que teme o homem, depressa cairá: o que espera no Senhor será levantado" (Pv 29.25). Desentendimentos e conflitos provavelmente ocorrerão, mas eles não têm de destruir relacionamentos. Que amizade maravilhosa, quando concordamos que podemos não concordar e continuar unidos uns aos outros em amor.

Aos tessalonicenses, Paulo escreveu: "Mas fizemo-nos dóceis no vosso meio, como uma mãe que anima a seus filhos" ( 1 Ts 2.7). A mansidão é necessária em relacionamentos saudáveis e para a -unidade do Corpo de Cristo. "Com toda a humildade, e mansidão, com paciência, suportando-vos uns aos outros em amor. Trabalhando cuidadosamente por conservar a unidade de espírito pelo vínculo da paz" (Ef 4.2-3).

A mansidão não vem naturalmente para alguns de nós, mas a nossa resposta a essas palavras da Bíblia deve ser um compromisso de ser manso e de confiar que a graça de Deus irá nos transformar. Quando praticamos a mansidão evitamos as situações emocionais que provocam tanta angústia em nós e naqueles que se relacionam conosco.

SEM PREOCUPAÇÕES - Ficar preocupado é natural, uma reação automática, e involuntária às ameaças e problemas da vida. Normalmente nem percebemos que estamos preocupados. Em Cristo não temos nada com que nos preocupar, mas nos preocupamos com o nada. O que é preocupação? A primeira definição para "worry" (preocupação, em inglês) do Random House Dictionary é: "atormentar-se com pensamentos perturbadores". A segunda é interessante: "atacar com os dentes, balançando e sacudindo como os animais fazem". Isso descreve muito bem o que fazemos com as coisas que nos preocupam. Nós saboreamos, para ver que gosto tem, mesmo antes de acontecer. A verdadeira pergunta é: quem está mordendo quem?

Quando alguém lhe diz para não se preocupar, você geralmente responde: "Eu tento não me preocupar." Paulo não sugere que nós tentemos, ele simplesmente diz: "Não se preocupe com nada." Lembremo-nos de Jesus: "Não se preocupe com o que vestir, comer, ou com o amanhã." Preocupação não é somente se preparar hoje para as situações que irão acontecer amanhã. Preocupar-se é ser atormentado por coisas que podem nem mesmo acontecer, ou que provavelmente não serão tão ruins quanto se imagina. A preocupação é o medo na sua forma mais comum e duradoura. O psicólogo Bill Backus diz em seu livro Telling yourself the truth (Dizendo a verdade a si mesmo): "Sentimentos dolorosos persistentes são contrários à vontade de Deus. Ele não quer que seus filhos sofram depressão, preocupações e crises de ira." Para combater a preocupação, a ansiedade, a ira e outras emoções destrutivas, Backus diz que devemos prestar atenção à nossa voz interior. Ele prescreve uma fórmula efetiva: localizar a falta de fé nos pensamentos; argumentar contra essa falta de fé; trocá-la pela verdade de Cristo.

O apóstolo Paulo tinha muitas razões para se preocupar. Enquanto as igrejas com problemas procuravam pela sua liderança, ele estava na prisão. Porém, estava determinãdo a olhar para o lado positivo das coisas, em um tremendo exercício de fé. Nós somos responsáveis pelas coisas que estão sob o nosso controle, mas devemos deixar tudo o que foge ao nosso controle para o Senhor.

Por que temos de nos preocupar, se Ele controla tudo? Temos de tomar uma posição radical de seguir a Palavra de Deus e acreditar em suas promessas: "Remetendo a Ele todas as vossas inquietações, porque Ele tem cuidado de vós" (1 Pedro 5.7). Não é suficiente decidir não se preocupar. Temos de trocar a nossa preocupação por fé e oração.


O pastor George R. Foster é escritor da Missão Evangelistica Betânia na América do Sul.
Tradução de Erick Mathias.
A segunda e última parte deste estudo bíblico será publicada na próxima edição.


Extraído: Estudo. Revista Vinde, Rio de Janeiro, ano 1996, a. 1, ed. 5, p. 54 e 55, mar. 1996.

sexta-feira, 5 de janeiro de 1996

Liberdade, Legalismo ou licenciosidade?

Por George R. Foster

CHARLES WESLEY descreveu a nossa liberdade em Cristo na letra do grandioso hino And Can it Be?

"Desejoso a esperar o meu espírito aprisionado
Acorrentado no pecado e na natureza noturna.
Teus olhos difundiram luz
Eu acordei, a prisão flamejou com a luz.
As minhas cadeias caíram.
Meu coração estava livre,
Eu me levantei, fui em frente e te segui"

Liberdade para seguir Jesus, que maravilha! Porém, como os gálatas do período do Novo Testamento, hoje muitos cristãos que uma vez experimentaram a liberdade através da graça salvadora de Cristo já não vivem mais nesta liberdade. Eles perderam a paz, a felicidade e a certeza que chegara às suas vidas com a conversão e caíram em aprisionamento do legalismo auto-justificativo ou da licenciosidade auto-indulgente.

Alguns são manipulados por líderes que se esquecem da graça e impõem leis de sistema, fórmulas e exercícios espirituais designados a guiar os seus seguidores no reino da vida. Geralmente, estas leis são distorções ou más aplicações das Escrituras, prescritas por homens e mulheres com sede de poder, cuja necessidade de autoridade impele-os a ditar o que os cristãos devem fazer, ver, ouvir, sentir, experimentar, praticar, preferir e até pensar. A lista de "não pode" geralmente é muito maior do que a lista de "pode".

Talvez o problema não seja tanto que os cristãos obedeçam a tais regulamentos - eles são relativamente inofensivos se meramente seguidos como guias de comportamento -, mas muitos vão além disso. Eles confiam nessas imposições como a fonte de crescimento, justiça e espiritualidade. Eles se tornam orgulhosos delas, dependentes e escravizados por elas. Outros reagem a esse tipo de manipulação, mas vão para o extremo oposto, insistindo que a liberdade significa fazer o que quisermos, sem nenhuma consideração pela vontade de Deus, o senhorio de Cristo ou o bem-estar dos outros. Da mesma forma, se não colocarmos os desejos sob o controle de Deus, eles vão nos controlar e nos escravizar.

Paulo escreveu para os gálatas a respeito dos extremos do legalismo e da licenciosidade, e os advertiu a trilhar o caminho da liberdade. Preste bastante atenção a estes dois importantes versículos: "Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais de novo a jugo de escravidão" (Gálatas 5.1). "Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém, não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor" (Gálatas 5.13).

Escolha o caminho que você seguirá - Paulo mostrou para os galaras que Deus tinha posto à frente deles um caminho de liberdade para seguir, evitando, por um lado, os extremos do legalismo e, por outro, a licenciosidade. Há um caminho de liberdade no Espírito Santo que conduz à vitória. Também há caminhos paralelos, na carne, que levam à derrota.

Liberdade quer dizer que somos perdoados pelos nossos pecados e libertos da penalidade e daquela formação de hábitos destrutivos do pecado. Ela traz espontaneidade e autenticidade à..nossa caminhada com o Senhor, e à habilidade de respondermos a Deus e fazermos a Sua vontade. A liberdade é tudo o que resulta de se experimentar as palavras de Jesus: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8.31). Legalismo é adesão excessiva à letra da Lei, sem se preocupar com o Espírito nela. É uma tentativa de agradar a Deus e manipular a vida da igreja pela observância, multiplicação e imposição rígida das leis. É o que os fariseus tentavam fazer e Jesus tão severamente condenou.

Licenciosidade significa desprezo pelas regras e padrões, falta de controle moral. Outra palavra para isso é libertinagem. Na antiga Roma, libertina era uma pessoa que tinha sido liberta da escravidão. Mais tarde, a palavra veio a significar uma pessoa que vive uma vida imoral. Alguns querem liberdade para fazer o que desejam. Eles se esquecem de que ter Jesus como Salvador e Senhor é viver em submissão ao seu senhorio.

Pedro se une a Paulo ao apontar os perigos da licenciosidade e nos dá um bom exemplo. "Como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto de malícia, mas vivendo como servos de Deus. Tratai a todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai ao rei". (1 Pedro 2.16,17).

Liberdade, legalismo ou licenciosidade? O caminho de Deus para a liberdade é o caminho balanceado, o caminho bíblico, o melhor caminho.

George R. Foster, pastor americano, é escritor e diretor da Missão Evangelistica Betânia na America do Sul

Revista Vinde - Edição 3

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