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segunda-feira, 18 de março de 1996

Exército de solidariedade

Fábrica de Esperança 'invade' favelas com projeto social e espiritual

Por Danielle Franco

Fotos de Frederico Mendes

Voluntários de diversos estados do Brasil dedicaram o período de férias à participação no projeto Exército da Esperança

Nem bem começou o ano e duas favelas da cidade do Rio de Janeiro, as de Parada de Lucas e do Morro Santa Marta, em Botafogo, já foram invadidas por uma nova operação do Exército. Mas desta vez não é uma nova mobilização das Forças Armadas. O contingente que entrou em ação foi de voluntários que participaram do novo 'projeto desenvolvido pela Vinde - Visão Nacional de Evangelização - em parceria com a Fábrica de Esperança. A tropa do Exército da Esperança - 22 homens e mulheres - foi dividida em duas turmas, em janeiro e fevereiro, com o objetivo de formar missionários para o desenvolvimento de trabalhos evangelísticos em comunidades carentes, principalmente nas favelas.

O projeto, coordenado por André Fernandes, surgiu numa conversa com o reverendo Caio Fábio D'Araújo Filho, presidente da Vinde, sobre a possibilidade de se formar um exército de cristãos que, no período de férias, visitasse favelas não só para pregar, mas também para praticar os ensinamentos deixados por Jesus Cristo no que diz respeito à ação social. Os pioneiros vieram de vários estados do Brasil: São Paulo, Bahia, Ceará, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Eles se inscreveram usando os folders distribuidos nos congressos da Vinde e através do programa Pare & Pense. Todos os que preencheram os requisitos necessários - eram maiores de idade, evangélicos, receberam carta de recomendação de suas lideranças e tinham muita disposição - foram selecionados.

O trabalho social abriu
espaço para a evangelização
Dentistas fizeram aplicação de
flúor e orientaram as crianças

Depois de participar de palestras e aulas teóricas, os voluntários se hospedaram na casa de Angelita e José Carlos Aleixo, membros da Igreja Obra em Restauração, localizada na entrada da favela de Parada de Lucas. "A comunidade acolhe muito bem essas iniciativas porque os moradores não recebem nenhum tipo de assistência", explicou Angelica. "Com a convivência, acabam pedindo oração e muitos se convertem." Feliz por ter participado do projeto, o dentista cearense Antônio Sérgio Teixeira de Menezes, 28 anos, falou com empolgação sobre a experiência. "Nós abordamos as pessoas na ruas, visitamos as casas e, através da amizade, levamos a Palavra de Deus. Foi muito edificante", acrescentou.

O pastor Reginaldo Torquato Brandão, que dividiu a coordenação do projeto com André, contou que o trabalho recebeu apoio da associação das igrejas evangélicas locais, que cedeu dois horários diários na rádio comunitária. "O espaço foi utilizado para pregar a Palavra e prestar serviços de utilidade pública", disse. O pastor Aser Fernandes, que liderou um dos grupos, considerou a experiência inesquecível. "Depois do Exército da Esperança, nossas vidas nunca mais serão as mesmas", afirmou.

O projeto foi tão bem-sucedido que os coordenadores pretendem repetir a experiência em julho deste ano e no início de 1997. Se depender desses soldados de Cristo, o Exército da Esperança veio para mudar para melhor a paisagem das favelas do Rio.


Extraído Atitude. Revista Vinde, Rio de Janeiro, ano 1996, a. 1, ed. 5, p. 29, mar. 1996.

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