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quarta-feira, 10 de abril de 1996

Um livro com cheiro de mulher

Parceria da Vinde Comunicações e O Boticário dá colônia de presente

Por Teresa Cristina Abreu

Luiz Antônio Moraes
Alda, diretora da Vicom e Maria de Fátima, do Boticário: um brinde às mulheres

O livro A mulher no projeto do reino de Deus, do reverendo Caio Fábio D'Araújo Filho, chega ã décima edição trazendo um presente extra para os leitores. Cada exemplar dá direito a uma amostra da deo-colônia Floratta, d'O Boticário. A combinação parece perfeita. A fragrância, considerada a mais feminina da atual coleção, acompanha um livro que tornou-se referência na literatura evangélica por sua perspectiva, senão feminista, certamente inovadora para os padrões brasileira, sobre o papel que Deus reservou à mulher.

O reverendo Caio Fábio se vale do exemplo de Cristo - apresentado como o maior defensor dos direitos das mulheres para minar a base de preconceitos que subestimam a importância da atuação feminina em vários aspectos da vida. Lançado em 1985, A mulher no projeto do reino de Deus teve 9 mil exemplares vendidos e estava esgotado havia dois anos. Na nova edição, pela Vinde Comunicações (Vicom), o texto foi revisto e ampliado. O padrão gráfico mudou, inclusive a capa. O formato booklet (10,5cm X 18cm) foi substituído pelo tamanho tradicional (14cm X 21cm).

Luiz Antônio Moraes
No livro, que já está na décima edição,
o reverendo Caio Fábio analisa os
preconceitos contra a mulher

A idéia de promover com um brinde o relançamento de A mulher no projeto do reino de Deus partiu da diretora da Vicom, Alda d'Araújo. "Eu queria que a preciosidade desse livro fosse acompanhada por alguma coisa caracteristicamente feminina", diz, lamentando a escassez de títulos voltados para a mulher entre os lançados pela editora. A opção por uma amostra de perfume pareceu ideal e entusiasmou o diretor d'O Boticário, Eloi Zanetti, tão logo recebeu a proposta do gerente de marketing da editora, Maurício Soares. A escolha da fragrância Floratta, lançada no ano passado, foi quase imediata. Como o próprio nome diz, a base da deo-colônia é essencialmente floral. "É o perfume mais feminino que temos atualmente", afirma Maria de Fátima Gaspar, representante de vendas d'O Boticário. O design da embalagem é assinado pelo francês Thierry Lecoule. Ao todo, serão 5 mil amostras de 5ml do perfume, distribuídas com o livro nas lojas Vinde em todo o Brasil.

A Vicom e O Boticário oficializaram a parceria no dia 16 de fevereiro. Na ocasião, a representante de vendas d'O Boticário também formalizou a doação de 2 mil kits com cadernos para a Fábrica da Esperança. O material foi produzido pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, em São José dos Pinhais, no Paraná. Cada um dos kits, feitos em papel reciclado, vem com cinco cadernos - de linguagem, desenho e aritimética - acondiciona-dos em uma pasta.

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Extraído Business. Revista Vinde, Rio de Janeiro, ano 1996, a. 1, ed. 6, p. 25, abr. 1996.

sexta-feira, 1 de março de 1996

Real vale mais que dólar?

Por Emilio Gargalo


Renato BittencourVArtware

O brasileiro vive uma situação curiosa e inédita ao ver que um dólar vale menos do que um real, esta moeda mágica, e pergunta-se como isto é possível, durável, razoável. Claro que é! Mas, veja bem, isto não significa que o real seja mais forte do que o dólar. Da mesma forma, com um único peso argentino pode-se comprar 1,5 mil libras italianas, sem que isto signifique que a moeda de nosso vizinho seja mais forte que a moeda do país de Pavarotti.

Vamos por partes (à moda de Jack, o estripadar): lembre-se de que um real é a nova versão dos antigos 2.750 cruzeiros reais. Que, por sua vez, já eram uma versão melhorada de 2.750.000 cruzeiros. Ou, 2.750.000.000 de cruzados. E assim sucessivamente. Ou seja, fizemos várias cirurgias plásticas na moeda nacional ao longo dos anos, mudando a forma de representá-la. O grande mérito do real está no fato de não se ter deteriorado ao longo do tempo, isto é, não perdeu valor em relação às outras moedas e, principalmente, manteve seu poder de compra dentro do Brasil. Isso porque o governo vem controlando a emissão de moeda e mantendo sob controle os seus próprios gastos. Emitir dinheiro sem controle faz com que ele perca o valor.

Quando alguém, brasileiro ou estrangeiro, troca seus dólares, seus ienes, seus pesos etc. por reais, não o faz porque um dólar corresponde a noventa e sete centavos de real. Faz porque gosta da rentabilidade do real, garantida pelos juros altos, e porque aposta na sua estabilidade, pelo menos a médio prazo.

Por isso, não se assuste se a relação vier a se inverter, isto é, se um dólar passar a comprar mais do que um real. O Brasil não tem um compromisso forte da relação um por um como, por exemplo, a Argentina, que fixou em lei esta paridade. O real poderá ser lentamente desvalorizado, se isto for necessário para manter nossas exportações. O investidor se assusta, na verdade, quando uma moeda se deteriora muito rapidamente, como acontecia com nossos cruzeiros e cruzados, ou se a rentabilidade for muito baixa, ou ainda se as reservas do pais forem baixas, indicando que ele pode vir a não receber o dinheiro investido.

Só para completar a história, já que citamos a Argentina, lembre-se de que na Ultima cirurgia da moeda feita por lá, quando transformaram os austrais em pesos, o valor da moeda foi dividido por 10 mil. Mas, diferentemente do Brasil, a paridade é um peso para um dólar. E é lei.


Emílio Gargalo é bacharel em Economia pela PUC-SP e sócio-diretor da MCM Consultores Associados S. C. Ltda.


Extraído Moeda e Mercado. Revista Vinde, Rio de Janeiro, ano 1996, a. 1, ed. 5, p. 24, mar. 1996.

terça-feira, 6 de fevereiro de 1996

Franchising, a opção de novos negócios

Por Maurício Soares


Renato BittencourVArtware

Abrir o próprio negócio é, sem dúvida, o sonho de milhões de brasileiros. Há uma opção reservada exclusivamente para quem tem espírito empreendedor e capital disponível: o franchising. Muitos dos que hoje são prósperos empresários do ramo das franquias há bem pouco tempo engrossavam as fileiras dos dispensados das grandes empresas multinacionais ou do alto escalão do funcionalismo público.

Entre todos os setores econômicos, existe um no Brasil que não pode se queixar da crise, e este é o do franchising. Há poucos anos instalado no país, o franchising cresceu tanto que já elevou o Brasil à condição de forte concorrente com a França na briga pelo terceiro lugar no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. O crescente interesse no país por este setor é notado através do número de filiações à ABF (Associação Brasileira de Franchising), que fornece toda a assessoria aos interessados em ingressar no mercado, seja como franqueador ou como franqueado, estes últimos chegando atualmente a 700 empresas.

Todo e qualquer empreendedor deverá tomar enormes cuidados quando optar por lançar-se em seu próprio negócio. O índice de empresas que não conseguem sobreviver no setor passou de 5% para 12% ao ano, não somente por causa da crise econômica e da recessão, mas em função de uma visão míope dos que entram no negócio, esperando ganhar rios de dinheiro em pouco tempo e com o mínimo de esforço. No último ano, cerca de 110 franqueadores faliram, levando consigo cerca de 250 franqueados. A experiência nos faz alertar quanto aos riscos do negócio, mas também estimula o crescimento e o aperfeiçoamento das técnicas em cada nova franquia que surge.

Há, sem dúvida, uma grande empolgação com o mercado de franchising no país. Analisando os dados relativos ao crescimento do setor nos últimos anos, esta reação é até bastante aceitável. As empresas que atuam na área foram responsáveis por um faturamento 30% acima do esperado em 1994. Em setembro daquele ano, já extremamente otimista pelo desempenho do Plano Real, calculava-se uma receita de US$ 6,1 bilhões para o ano, mas o fechamento de dados preliminares já aponta para um volume de US$ 8 bilhões, com 23,5 mil unidades gerando 200 mil empregos. Mas, como tudo na vida, devemos analisar criteriosamente os prós e contras desta nova empreitada, tanto do ponto de vista do franqueado como do franqueador, pois o conceito de parceria total deve ser a principal característica entre os envolvidos no processo. Dentro do mercado das franquias, o setor que mais cresceu foi o de alimentação, destacan-do-se as lojas de fast food. No entanto, este também foi o segundo setor onde mais ocorreu fechamento de pontos de venda.

Analisando o mercado de livrarias evangélicas, encontra-mos alguns franqueadores, tais como CPAD, Juerp e Vinde. Podemos nos deter no exemplo da Vinde Comunicações, que atua no mercado há três anos, possuindo doze franquias em funcionamento. Dentro do planejamento da Vinde Comunicações está a expansão para 20 franquias ainda no primeiro semestre de 1996. A seleção, como em toda franquia, é extremamente rigorosa e dura de três a seis meses até a abertura da livraria. Atualmente, existem cerca de 120 pessoas interessadas em fazer parte do processo de franchising.


Mauricio Soares é gerente de marketing da editora Vicom (Vinde Comunicações) e integra o conselho editorial de VINDE.

Revista Vinde - Edição 3

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