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quarta-feira, 3 de janeiro de 1996

Bad Flamengo, campeão às avessas

"Sou um bad técnico e só quero saber de bad boys no meu time. Atletas de Cristo no Flamengo, só fora do campo!"
(Washington Rodrigues, técnico do Bad Fla)

Por Alex Dias Ribeiro

Romário e Edmundo: bad boys tumultuaram o ambiente do Flamengo

Bad boys ele queria. Bad boys ele conseguiu. Bad relacionamentos e bad resultados. De repente, meu querido time de infância virou o maior antro dos malvados do futebol e dos vexames dentro e fora de campo. Um dia, cheguei em casa cansado e liguei a TV. Não pude acreditar no que vi: meu Flazão estava jogando certinho e goleando o Velez Sarsfield, campeão do mundo, em Uberlândia. Sentei na poltrona e curti de montão. Finalmente, o ataque dos sonhos parecia ter-se entrosado com o resto do time.

A noite tinha tudo para ser a delícia da nação rubronegra até que o bad boy Edmundo, o Animal, resolveu dar um tapinha na cara de um argentino. Pra quê? O cara era bad de verdade e devolveu um tapão e um socão na cara de Edmundo, que desmaiou na hora. De repente, baixou o espírito de Bruce Lee no bad amigo Romário. O baixinho virou ninja e aplicou uma voadora de filme de kung-fu no pescoço do argentino machão. Aí o pau quebrou geral. Enquanto todo o mundo trocava sopapos em campo, Edmundo se fingia de morto ou talvez estivesse mesmo morto de medo de apanhar mais. Empolgado com a atuação de seus bad pupilos, o bad técnico saiu de campo cantando de galo: "Se fosse preciso, nós baixaríamos o pau a noite inteira!"

QUEM PLANTA VENTO COLHE TEMPESTADE Morto de inveja da influência positiva dos Atletas de Cristo no futebol brasileiro, o Supertraira resolveu bagunçar o coreto do esporte, invertendo todos os valores e conceitos de certo e errado, bem e mal, vitória e derrota.

Começou pela imprensa, enchendo a bola dos bad boys e criando um novo tipo de herói: o herói vilão ou anti-herói. Já que o negócio agora é ser malvado, a torcida respondeu fazendo a sua parte, com grandes quebra-paus e 17 mortos em dois anos.

O próximo passo foi montar o bati time, justamente o maior time de massa do país, só para provar que o crime compensa. Socos e pontapés no vestiário, encrencas dentro e fora de campo, indisciplina, mau comportamento e péssimos resultados.

O bad Flamengo é a inversão total de tudo o que você possa imaginar. O Supertraira fez um trabalho tão bem feito, que conseguiu transformar o time dos sonhos no pior time do Brasil! O povo já anda dizendo que a diferença entre o bad Fla e o salário mínimo é que, com o mínimo, você ganha, ganha e não compra nada. O bad Fla compra, compra e não ganha nada.

PREJUÍZOS - Depois de rir um bocado da piada acima, caí na real, engatei uma primeira no meu cérebro e comecei a pensar na ridícula situação: Romário e Edmundo pegaram um gancho de dois jogos. O bad Flamengo obteve apenas duas vitórias em dez jogos. E eu, torcedor do Flamengo, estou rindo de quê? Saquei que, se a coisa continuar assim, o Supertraira ainda vai acabar convencendo a todo mundo de que perder é muito melhor do que vencer, assim como ele já convenceu a muitos de que ser mau é melhor do que ser bom, que a morte é melhor do que a vida e o inferno, melhor do que o céu. Quando o Rei justo reinar sobre a terra, a mídia não mais chamará o mal de bem e o bem de mal, as trevas de luz e a luz de trevas, o amargo de doce e o doce de amargo. E muito menos se dirá que um sem-vergonha é uma pessoa de valor, nem que o malandro merece respeito (Isaías 5:15 e 32:5, na Bíblia na linguagem de hoje).

Nós, que jogamos no time de Cristo, somos os representantes do Rei Jesus e temos que exercer nosso dom de discernimento todos os dias, para não nos deixarmos enganar pelos valores trocados deste mundo. Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação das vossas mentes, para que experimenteis a boa e perfeita vontade de Deus (Romanos 12:2).



Alex Dias Ribeiro é diretor executivo nacional dos Atletas de Cristo.

sexta-feira, 1 de dezembro de 1995

O placar indigesto da violência nos estádios

As brigas entre torcidas de futebol têm sido cada vez mais freqüentes no país e tomaram-se alvos da oração dos Atletas de Cristo

Por Alex Dias Ribeiro

Paus, garrafas e bombas rolavam na arquibancada com mais intensidade que a bola no gramado, em outubro de 1994. O número de vítimas fatais aumentava a cada fim de semana. Alguma coisa precisava ser feita.

Crendo que o cristão só pode exercer sua função de sal da Terra e luz do mundo fora das quatro paredes de sua igreja, os Atletas de Cristo resolveram arregaçar as mangas e pôr em campo uma campanha pela paz nos estádios. Entendíamos que ninguém melhor que os seguidores do Príncipe da Paz estava credenciado a falar de paz. Começamos então a trabalhar.

"Adversários, sim. Inimigos, nunca" era nosso slogan. Criamos faixas, cartazes, folhetos, filme para a TV, spots de rádio, faixas para os jogadores carregarem ao entrar em campo. Organizamos debates sobre a violência, participação em programas de televisão, manifestações públicas em que os atletas pregariam a paz às suas torcidas organizadas e até o jogo pela paz.

Este era o roteiro do comercial que seria veiculado na TV:

  • Sete mortos nos últimos meses (Gilmar, do São Paulo).
  • Este é o placar da violência (Marcelinho, do Corinthians).
  • Vamos virar este jogo (Cleber, do Palmeiras).
  • Diga "não" à violência, a próxima vítima pode ser você.

Mas não conseguimos o patrocínio para colocar a campanha no ar. O homem de marketing da empresa, que tinha o cacife para bancá-la, chegou a sugerir que alguns dos atletas eram encrenqueiros demais, para falar de paz. Nossa campanha acabou no fundo do baú das muitas boas idéias que não conseguimos viabilizar por falta de dinheiro.

Um ano depois, fizemos uma vaquinha para produzir e publicar, pelo menos, o cartaz como encane no jornal dos Atletas de Cristo. Mas não pudemos aproveitar o fotolito do ano anterior. Tivemos que alterar o texto. O número de mortos tinha subido de sete para 17. Dezessete a zero para a violência é o que eu chamo de placar indigesto.


Alex Dias Ribeiro é diretor executivo nacional dos Atletas de Cristo.

Revista Vinde - Edição 3

--- Reage Fábrica Pastor Jimmy Swaggart Epistolas do Leitor Eles não gostam de oposição Os "ro...