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quinta-feira, 8 de fevereiro de 1996

E o sucesso, o que é?

Por Alex Dias Ribeiro

James Hunt: depois do sucesso,
a decadência, o alcoolismo e a depressão

A bandeira quadriculada, agitada pelo diretor da prova, decretava o fim da classificação para o GP da Inglaterra de Fórmula 1 de 1977. Completei a volta de desaceleração e parei no box, o coração a mais de 150 batidas por minuto e a cabeça a mais de mil, de tanta raiva. Meu March 771 era tão ruim que fui dois segundos mais lento que a McLaren de James Hunt, o pole-position. Dentro da distância dos dois segundos que me separavam de Hunt, estavam outros 25 pilotos e fui eliminado da corrida. O sucesso se mede em milímetros ou em milésimos de segundo, mas a diferença que ele faz na vida de quem o alcança ou deixa de alcançá-lo é enorme em termos de resultado esportivo, econômico, promocional e de realização pessoal e profissional.

Olhando para a vida dos atletas, artistas e políticos de sucesso, pode-se defini-los como vencedores, donos de muita grana, aqueles que têm a cara na TV, uma ou mais mulheres bonitas, dirigem carro último tipo, dão autógrafos, são estrelas. Se você observar a falta de um sorriso sincero no rosto dos que alcançaram todo o sucesso e a glória do mundo, vai perceber que eles não conseguiram a tal da felicidade que esperavam. Muito pelo contrário, o sucesso custou-lhes a perda da privacidade, aflição de espírito, medo e desconfiança de tudo e todos.

A PERSPECTIVA DIVINA - Pedro pregou um sermão poderoso no Dia de Pentecostes e ganhou 3 mil para o time de Cristo. Estêvão pregou um sermão muito parecido e morreu soterrado pelas 3 mil pedradas que ganhou. Qual dos dois teve sucesso? Sucesso para Deus é cumprirmos a vocação histórica que Ele nos deu. É executarmos uma missão intransferível no Seu reino. Tem mais a ver com fidelidade do que com performance.

O sucesso do mundo glorifica o homem que o alcança. O divino glorifica e engrandece somente a Deus. Todo o sucesso que não glorifica a Deus é de origem humana, mundana ou diabólica, aconteça ele num campo de futebol ou dentro de uma igreja. Na busca do sucesso que o mundo oferece, todos querem chegar ao topo da carreira. Para alcançá-lo, muitos não hesitam em pisar na cabeça dos concorrentes ou passá-los para trás. Mas o caminho do sucesso divino é uma escada que desce. Jesus trocou o trono pela cruz, o cetro pela toalha e ensinou como chegar ao sucesso através do serviço, e não do poder. "Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos" (Marcos 9.33). "Humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte" (1 Pedro 5.6). "Todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado" (Lucas 14.11).

A pequena diferença de dois segundos que me separava de James Hunt em 1977 ficou muito grande quando ele se tornou campeão do mundial e ou tudo o que o mundo podia lhe oferecer. Hoje a diferença é maior ainda. Depois do sucesso, vieram a decadência, a frustração, a depressão, o alcoolismo e as drogas. O coração de Hunt não agüentou o tranco e parou de bater aos quarenta e poucos anos. Sucesso é mais a recompensa do fiel do que a conquista do esforçado. De que adianta subir ao pódio sem ter a certeza de que Deus conduziu o processo de alcançá-lo?


Alex Dias Ribeiro é diretor executivo nacional dos Atletas de Cristo.

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