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sexta-feira, 12 de abril de 1996

Patmos, a ilha da Revelação

Por Jorge Antonio Barros

Carlos Fernandes
A pequena Ilha de Patmos: ponto turístico da cristantade

Por que será que r escolheu um lugar que mal dá para ver no mapa para dali revelar ao homem os episódios pelos quais o mundo passaria nos últimos dias? O mistério divino só se atenua quando se avista a ilha vulcânica de 35 quilômetros quadrados no Mar Egeu, na costa sudoeste da Grécia, a 55 milhas da Turquia. É dissipada, então, a bruma imaginária em torno da ilha. Faunos existe. Foi ali que João recebeu de Deus a revelação que gerou o último livro da Bíblia. A empatia com o local é imediata, sobretudo para quem se fascina com todo o mistério que permeia as revelações de João.

Aparentemente é apenas mais uma das ilhas Esporadis do Sul, gregas e famosas por águas límpidas e clima mediterrâneo, daquelas que se vê nos filmes, de magnatas gregos, pontos obrigatórios de passagem de milionários cruzeiros marítimos. A diferença é todo o mistério que Patmos guarda por ter sido ali que João viveu de 95 a 97 d. C. e onde descreveu as visões recebidas de Deus, além das mensagens às sete igrejas do Apocalipse. A gruta onde o apóstolo meditava na Palavra de Deus foi preservada pela igreja greco-ortodoxa, que construiu ali a igreja de Santa Ana. Uma visita ao local é quase obrigatória para quem vai à ilha — que vive em função do turismo, sobretudo no verão.

Perto dos 90 anos de idade, durante o período do Imperador Domiciano, João foi deportado para a ilha de Patmos por ter pregado o Evangelho. Naquela época, o cristianismo representava uma verdadeira ameaça ao estabilishment. Afinal, os cristãos divulgavam que havia um senhor todo poderoso - Jesus Cristo, o filho de Deus. O próprio João admite, no livro de Apocalipse, ter sido mandado para Patmos por conta de sua atuação religiosa. Não consta que ele tivesse alguma participação política contra o governo da época, mas somente o fato de declarar-se cristão representava uma ofensa ao Império Romano. Em 97 d.C., João retornou a Éfeso, onde viveu seus últimos dias. No lugar do túmulo do apóstolo em Éfeso, foi construída uma igreja no século VI.

Carlos Fernandes
Fotos de Jorge Antonio Barros

Para se chegar à ilha onde João recebeu o Apocalipse, um dos caminhos é o porto de Kusadasi, a 90 quilômetros da cidade de Esmirna, na região do Mar Egeu, na Turquia. A viagem de barco leva três horas. A maioria dos 2 mil 500 habi-tantes da antiga ilha de deportados vivem da pesca.

O nome Patmos tem origem na mitologia grega. A lenda diz que a ilha foi um presente de Apoio para Diana e surgiu de uma pegada (patos) do deus grego. A ilha foi território turco de 1537 a 1912, quando passou a pertencer à Itália. Depois da Segunda Guer-ra mundial tornou-se território grego.

O grupo coordenado pelo reverendo Caio Fábio embarcou no Expresso Paros, um barco com capacidade para 400 pessoas. No dia em que a caravana viajou, surgiu um problema diplomático entre Grécia e Turquia, em virtude da disputa territorial de uma ilha. Mesmo assim, o capitão Leonidas Kalledonias e a tripulação grega foram hospitaleiros com os cristãos que can-taram hinos e corinhos. Em terra, o grupo embarcou em ônibus com guias locais. Depois de percorrer os principais pontos da ilha, parou para ouvir, sob chuva fina, a palavra pregada pelo reverendo Caio Fábio. Pela primeira vez na ilha, o pastor também estava radiante por poder conhecer o local onde surgiu a Revelação.


Extraído Internacional. Revista Vinde, Rio de Janeiro, ano 1996, a. 1, ed. 6, p. 42, abr. 1996.

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