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terça-feira, 6 de fevereiro de 1996

Franchising, a opção de novos negócios

Por Maurício Soares


Renato BittencourVArtware

Abrir o próprio negócio é, sem dúvida, o sonho de milhões de brasileiros. Há uma opção reservada exclusivamente para quem tem espírito empreendedor e capital disponível: o franchising. Muitos dos que hoje são prósperos empresários do ramo das franquias há bem pouco tempo engrossavam as fileiras dos dispensados das grandes empresas multinacionais ou do alto escalão do funcionalismo público.

Entre todos os setores econômicos, existe um no Brasil que não pode se queixar da crise, e este é o do franchising. Há poucos anos instalado no país, o franchising cresceu tanto que já elevou o Brasil à condição de forte concorrente com a França na briga pelo terceiro lugar no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. O crescente interesse no país por este setor é notado através do número de filiações à ABF (Associação Brasileira de Franchising), que fornece toda a assessoria aos interessados em ingressar no mercado, seja como franqueador ou como franqueado, estes últimos chegando atualmente a 700 empresas.

Todo e qualquer empreendedor deverá tomar enormes cuidados quando optar por lançar-se em seu próprio negócio. O índice de empresas que não conseguem sobreviver no setor passou de 5% para 12% ao ano, não somente por causa da crise econômica e da recessão, mas em função de uma visão míope dos que entram no negócio, esperando ganhar rios de dinheiro em pouco tempo e com o mínimo de esforço. No último ano, cerca de 110 franqueadores faliram, levando consigo cerca de 250 franqueados. A experiência nos faz alertar quanto aos riscos do negócio, mas também estimula o crescimento e o aperfeiçoamento das técnicas em cada nova franquia que surge.

Há, sem dúvida, uma grande empolgação com o mercado de franchising no país. Analisando os dados relativos ao crescimento do setor nos últimos anos, esta reação é até bastante aceitável. As empresas que atuam na área foram responsáveis por um faturamento 30% acima do esperado em 1994. Em setembro daquele ano, já extremamente otimista pelo desempenho do Plano Real, calculava-se uma receita de US$ 6,1 bilhões para o ano, mas o fechamento de dados preliminares já aponta para um volume de US$ 8 bilhões, com 23,5 mil unidades gerando 200 mil empregos. Mas, como tudo na vida, devemos analisar criteriosamente os prós e contras desta nova empreitada, tanto do ponto de vista do franqueado como do franqueador, pois o conceito de parceria total deve ser a principal característica entre os envolvidos no processo. Dentro do mercado das franquias, o setor que mais cresceu foi o de alimentação, destacan-do-se as lojas de fast food. No entanto, este também foi o segundo setor onde mais ocorreu fechamento de pontos de venda.

Analisando o mercado de livrarias evangélicas, encontra-mos alguns franqueadores, tais como CPAD, Juerp e Vinde. Podemos nos deter no exemplo da Vinde Comunicações, que atua no mercado há três anos, possuindo doze franquias em funcionamento. Dentro do planejamento da Vinde Comunicações está a expansão para 20 franquias ainda no primeiro semestre de 1996. A seleção, como em toda franquia, é extremamente rigorosa e dura de três a seis meses até a abertura da livraria. Atualmente, existem cerca de 120 pessoas interessadas em fazer parte do processo de franchising.


Mauricio Soares é gerente de marketing da editora Vicom (Vinde Comunicações) e integra o conselho editorial de VINDE.

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