Meninas correm risco de violência por causa da omissão do governo sudanês
Um relato das Nações Unidas dá conta do aumento do número de torturas, seqüestros e estupros no Sudão realizados por forças de segurança do governo.
Crianças são violentadas e doadas a sudaneses ricos para serem escravas.
Meninas servem de concubinas de soldados.
As doações internacionais de comidas, roupas e remédios são usadas para forçar o povo a se converter ter ao islamismo.
Milagre da multiplicação
Igreja no Uzbequistão: 3 mil membros
Igrejas evangélicas estão se espalhando nas repúblicas islâmicas centrais da Ásia.
A igreja do Uzbequistão, fundada há 4 anos, tem 3 mil membros e já inaugurou 55 congregações.
Cerca de 800 pessoas participam dos cultos matutinos, que acontecem diariamente.
Estima-se que metade dos novos crentes seja formada por ex-muçulmanos.
Mártires filipinos
Dois líderes cristãos foram assassinados nas Filipinas em janeiro, na cidade de Jolo.
Juanito Hapalla, comerciante de 57 anos, foi executado com um tiro na cabeça quando se dirigia à sua loja, no dia 19 daquele mês.
O pastor Severino Bagtasos, de 30 anos, foi brutalmente assassinado enquanto fazia a leitura bíblica no culto dominical do dia 21
por um homem que se aproximou do púlpito e desferiu dois tiros à queima-roupa na cabeça.
Os dois mártires eram líderes da Aliança Cristã e Missionária de Igrejas, uma das maiores denominações cristãs das Filipinas.
Segundo a Missão Portas Abertas, que divulgou os crimes, as causas dos assassinatos estão sendo investigadas,
mas há suspeitas de que tenham sido praticados por fundamentalistas islâmicos.
CONFINS
UGANDA - Este país tornou-se alvo da campanha de islamização realizada pelo governo sudanês,
e o seu crescimento é comprovado através da construção de mesquitas, escolas, orfanatos,
apoio à saúde e ajuda a trabalhos de desenvolvimento social.
SENEGAL - O crescimento da igreja se dá em ritmo lento por causa da escassez de missionários.
Os crentes senegaleses ainda são imaturos na fé.
EGITO - Ibrahim Sharaf el-Din, recém-convertido ao cristianismo,
foi libertado da prisão, mas terminantemente proibido de deixar o Egito
para retornar ao seu país natal, o Quênia.
INDONÉSIA - O governo interrompeu a expedição de vistos para a entrada de missionários cristãos,
numa clara estratégia de bloqueio aos trabalhos de evangelismo.
Evangelho se aprende na escola
As crianças de Camaruã recebem educação e assistência espiritual
Na comunidade de Camaruã, no interior do Amazonas, há apenas uma escola, sem instalações luxuosas ou equipamentos modernos.
Mas as crianças que lá estudam recebem um ensinamento muito especial.
A missionária Elizabeth Silveira da Silva trabalha como professora e evangelista na região, onde ainda discípula novos crentes.
A tarefa é difícil, pois a comunidade local é pobre.
A comissão de missões da Igreja Batista Monte Gerizim, do Rio, passou a apoiar este trabalho no fim do ano passado.
Missionárias para muçulmanas
Homens não podem evangelizar mulheres
Cinqüenta por cento dos muçulmanos não alcançados pelo Evangelho no mundo são compostos por mulheres.
Diversas restrições políticas, culturais e religiosas tornam quase impossível para os homens cristãos
compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com elas.
Tais esforços são mal interpretados pelas sociedades patriarcais do Oriente.
A solução está nas próprias mulheres cristãs do mundo, que podem levar a Palavra de Deus às muçulmanas.
Perseguição explicita
A perseguição religiosa no Nepal é descrita na constituição do país.
Longe de proteger os direitos básicos de adoração segundo a consciência de cada um, a carta magna,
elaborada em 7962, nega-os explicitamente.
Estão previstas pesadas penalidades para quem tenta romper com a religião tradicional da comunidade hindu
ou para quem pretende converter pessoas ao cristianismo, islamismo ou qualquer outra religião.
Se você tem notícias do campo missionário e quer divulgá-las,
envie um texto de oito a dez linhas (papel ofício, corpo 12)
com uma foto colorida de cada matéria para:
REVISTA VINDE - Rua Luis Leopoldo Femandes Pinheiro,
604/102 andar -Niterói, RJ - CEP 24001-970, aos cuidados de Marinês de Biasi.
Correio Missionário
Escreva para estes missionários brasileiros que têm dedicado seu tempo,
suor, saúde e recursos para levar o Evangelho a vários pontos do Brasil
e do mundo, oferecendo a eles uma palavra de incentivo e seu apoio.
Pastor José Carlos e Raquel Silva
Tribo Kayabi - Alem
Caixa postal 6101
CEP 70749-970
Brasília, DF
Izidora Bussinger
Apec - Evangelismo de crianças
Caixa postal 13025
CEP 88010-974
Florianópolis, SC
Affonso e Jussara Cortijo
Ianomamis
Caixa postal 142
CEP 69301-970
Boa Vista, RR
Nivaldo e Carmem Nassif
Missões urbanas - Cena
Rua Albino Tesserolli, 129
Santa Felicidade
CEP 82015-210
Curitiba, PR
Gideilda Maria dos Santos e Ivoneide Sobral da Silva
B. P. A-158 - Thies
Senegal - África
Retornando para São Paulo depois de exaustiva viagem pelo Nordeste do país, busquei na leitura de um dos jornais da região um motivo para passar o tempo e atualizar as informações.
Chamou-me a atenção um editorial, cujo título - Sem Fronteiras - levou-me para aquilo que mais amo e sirvo: a teologia da missão.
O articulista, dom Luciano Mendes, dirigente da CNBB, escrevia sobre a necessidade da evangelização dos povos em todo o mundo.
Mais do que isso, afirmava categoricamente que a natureza da igreja cristã é ser missionária.
Caso contrário, dizia, ela deixa de ser igreja.
Ao terminar a leitura, questionei-me sobre as razões pelas quais o cristianismo ainda caminha vagarosamente em algumas regiões do planeta e mesmo do nosso país.
Teriam razão os que apregoam ser a fé cristã um bom motivo de crença tão somente para os ocidentais?
Ou ainda, seria a mensagem de Cristo inadaptável a certas culturas?
Imagino estarmos hoje diante de uma dupla tendência, que tem ofuscado e comprometido o cumprimento da missão da igreja.
A primeira tem a ver com uma teologia que fala e trata de Deus, mas que o destrona para torná-lo nosso serviçal.
Um antropocentrismo levado às últimas conseqüências.
O fato da redenção ter-se concretizado no âmbito da vida humana como alvo do amor de Deus poderia levar o ser
humano a uma atitude de querer viver seu relacionamento de fé exdusivamente em volta de si?
A missão da igreja acontece em toda a sua plenitude quando os que foram impactados pela presença de Cristo passam a viver em direção a seu semelhante.
Não se trata apenas de uma atitude de abnegação e renúncia,
mas da compreensão de que fomos chamados para ser bênção para todos os seres humanos.
"Conservamos um ar de provincianismo no que se refere à necessidade cie uma visão mais abrangente da missão. E uma tendência que beira a xenofobia."
Nota-se também em nossos dias a presença muitas vezes velada, mas de conseqüências visíveis,
de um sentimento avesso a tudo aquilo que diga respeito à presença missionária em culturas distintas da nossa.
Um etnocentrismo sem sentido. Herdeiros de um Evangelho que nos foi trazido por pessoas que souberam romper os seus próprios limites,
ainda conservamos um certo ar de provincianismo no que se refere à necessidade de uma visão mais abrangente da missão.
Ronda-nos uma tendência que beira a xenofobia.
A proposta de Jesus aos discípulos foi de que o Evangelho não só alcançasse o lugar onde estavam, mas que também se espalhasse por todas as nações da terra.
Miscigenado através de tantas culturas, posso ver em nosso país o modelo ideal daquilo que podemos extrair do mandato bíblico: a missão para todos os povos.
A possibilidade da evangelização das mais variadas etnias que vivem em solo brasileiro deveria nos desafiar.
Sabe-se de segmentos sociais caracteristicamente transcultu cais presentes em nosso país.
Ao lado disto, outros deverão ser alcançados pelo rompimento dos nossos limites geográficos.
Sempre priorizando os grupos humanos ainda desprovidos de quais-quer influências libertadoras provenientes do Evangelho.
Até onde a visão da missão continuará comprometida por uma incompreensível tendência para privilegiar apenas alguns, estejam eles próximos ou não de nós?
Rompamos com uma perspectiva reducionista da missão da igreja e ampliemos os horizontes.
O real objetivo de uma igreja é cumprir sua missão: resgatar o ser humano integralmente, sem preferências de raça, língua ou cultura.
Os próximos anos mostrarão se isto será uma realidade.
Oswaldo Prado é pastor presbiteriano, secretário especial de Missões da AEVB, diretor da missão Avante e coordenador do Movimento AD 2000.
Extraído Opinião. Revista Vinde, Rio de Janeiro, ano 1996, a. 1, ed. 5, p. 66, mar. 1996.
Enquanto os cristãos do Ocidente têm vários tipos de traduções bíblicas à sua disposição,
milhões na índia não têm sequer o Novo Testamento.
Mas o ministério de literatura no país está avançando.
Foi aberta mais uma livraria na cidade de Bangalore, em julho passado.
Num país onde há pouquíssimo material evangélico à disposição,
esta é uma boa oportunidade para cristãos e futuros contatos com objetivos evangelísticos.
Islamismo para os negros
O islamismo é propagandeado como religião dos negros na Inglaterra
Em número crescente de afro-caribenhoss está se convertendo ao islamismo na Inglaterra.
Os negros sofrem com a carência econômica, a discriminação racial e as doenças sociais no país da rainha Elizabeth.
Lá, como em muitas outras partes da África e dos Estados Unidos,
o islamismo tem sido apresentado como a religião adequada aos negros,
em oposição ao cristianismo, que seria para os brancos.
CONFINS
PAQUISTÃO -Morte ou exílio é o título do novo livro publicado por Aftab Alexander Mughal,
que trata do caso de Rehmat e Salamat Mashi.
Menciona a escolha que os dois tiveram que fazer,
assim como muitos cristãos que têm sido acusados de blasfemar contra Maomé.
TURQUIA -Os cristãos armênios que permanecem na Turquia estão sofrendo perseguição.
Em virtude da crescente pressão. três cristãos sírios ortodoxos receberam asilo na Alemanha.
MARROCOS-Quatro cristãos marroquinos acusados de proselitismo e aprisionados em
Tanger foram libertados no dia 17 de agosto após protestos internacionais.
Um dos acusados. Mehedi Ksara, tem mais de 80 anos e está com a saúde bastante debilitada.
FILIPINAS -O grupo islâmico Abu Sayfat planeja saquear e destruir cidades cristãs como Dipolong e Liloy.
O mutirão no interior do Estado contou com o trabalho de dentistas voluntários
Festa no interior
O município de Valença (RJ) parou para ver o mutirão missionário organizado
no dia 18 de dezembro pelo grupo Amor por Missões, da Igreja Batista Monte Gerizim da Ilha do Governador,
no Rio, com o apoio da congregação instalada na cidade.
Na praça central da cidade foram montadas diversas barracas,
onde voluntários ofereciam serviços gratuitos de consulta médica e jurídica básica,
fluoretação em crianças e corte de cabelo.
Paralelamente, diversos grupos de evangelismo percorreram as ruas de Valença
distribuindo folhetos enquanto o público da cidade ouvia o grupo musical e
se divertia com o teatrinho infantil.
Genocídio no Sudão
Em função da campanha para o aniquilamento das tribos cristãs nubas,
vilarejos e plantações são queimados e casas saqueadas nas montanhas Núbia, no Sudão.
As pessoas são deixadas sem comida, água e roupas.
Homens e mulheres foram separados para não nascerem bebês nubas.
As forças do governo queimam igrejas e mesquitas,
pois descobriram que os muçulmanos nubas são solidários com os cristãos.
Crianças japonesas crescem em lares islâmicos e enfrentam preconceitos religiosos
Casar para converter
A comunidade islâmica no Japão,, um país tradicionalmente zen-budista,
é composta por imigrantes do Irã, Bangladesh, Paquistão e Malásia.
São homens que chegam ao país à procura de melhores condições de vida e de emprego.
Casam-se com japonesas que se convertem ao islamismo, pelo menos nominalmente.
As dificuldades dessas famílias transculturais são os conflitos gerados nos filhos
que são criados dentro do islamismo.
Assim enfrentam todo o tipo de preconceito.
Crise de identidade
É grave a ameaça que a comunidade cristã enfrenta no Irã.
As dificuldades econômicas têm forçado famílias inteiras a retornar ao islamismo.
A reação dos cristãos não tem sido consistente ou ativa ao lidar com o clamor
cristão do Irã e em outros países islâmicos.
Um oficial do Ministério do Exterior em Teerã anunciou ter recebido somente 197
cartas de protesto contra a morte do reverendo Mehdi Dibaj, em 1994.
Não foi uma reação significativa de solidariedade da parte dos cristãos do resto do mundo.
Se você tem notícias do campo missionário e quer divulgá-las,
envie um texto de oito a dez linhas (papel ofício, corpo 1 2)
com uma foto colorida de cada matéria para:
Revista VINDE - Rua Luis Leopoldo Fernandes Pinheiro,
604/102 andar - Niterói, RJ - CEP 24001-970,
aos cuidados de Marinês de Biasi.
Correio Missionário
Escreva para estes missionários brasileiros que têm dedicado seu tempo,
suor, saúde e recursos para levar o Evangelho a vários pontos do Brasil
e do mundo, oferecendo a eles uma palavra de incentivo e seu apoio.
Diana e Margaret Grasman
Apdo 1768, Hermosillo
Sonora, Mexico 8300
Eliel Salles
P.O. Box 1037
3500 Limassol
Chipre
Vera Montanine
R. Manoel Bosco Ribeiro, 426
Jd. das Indústrias
S.J. dos Campos,
SP 12241-070
João Batista
Logos II
Postfach 1565
74819 - Mosbach - Alemanha
Daniel e Nilvana Rezende
Praceta Filinto Elisio, 10/4° B
Carnaxide, Linda-a-velha
Portugal
José Carlos Alcântara da Silva
C. Postal 112
Alta Floresta - MT
CEP 78580-000
Membros do Partido Islâmico Armado assumiram o assassinato de quatro padres
O assassinato de quatro padres na Argélia foi mais uma demonstração da estratégia de
"extermínio de expedicionários cristãos", campanha implantada no país pelo Partido
Islâmico Armado. O grupo assumiu o crime, justificando-o como represália pela morte
de quatro membros do partido mortos na queda de um avião francês em Marselha.
Três dos padres eram professores e o outro havia acabado de chegar ao país para fundar
uma associação com a finalidade de promover o desenvolvimento das relações entre o
cristianismo e o islamismo. Com isso, sobe para 75 o número de mortes de estrangeiros
no país em função do fanatismo religioso.
CONFINS
FILIPINAS um grupo islâmico fundamentalista rebelde atacou a cidade cristã de Ipil,
situada na Ilha de Mindanao, ao sul do país, matando 47 pessoas. Os rebeldes
querem estabelecer um Estado islâmico nas Filipinas.
INDIA: diversas missões, como a Jocum - Jovens com uma Missão -, vêm concentrando
esforços na evangelização da índia, onde o trabalho é muito dificil. Além da grande
quantidade de dialetos, alguns dos quais exigindo anos de aprendizado, e do problema
da miséria, a população do país reverencia inúmeras divindades. Ainda assim,
acredita-se que, até o início do próximo século, todo o país será alcançado pelo
Evangelho, com literatura cristã disponível em qualquer língua ou dialeto.
ZAMBIA: os cristãos a que vivem no país pedem orações pela situação econômica e
social do país. O desemprego é grande, fazendo com que muitos jovens se convertam
à religião muçulmana, recebendo ajuda financeira de grupos religiosos.
IËMEN: o país se uniu ao clube dos regimes militares do Oriente Médio, que compreende
Sudão, Líbia e Iraque. Todos se declaram Estados islâmicos. O parlamento do Iêmen votou,
em unanimidade, pela adoção da lei islâmica como fonte de referência para a legislação
do país.
Evangélicos proscritos
Militantes islâmicos do Paquistão estão oferecendo recompensas em dinheiro para
quem conseguir matar dois cristãos acusados de blasfemar contra o islamismo.
Rehmat Masih, 44 anos, e seu sobrinho Salamat Masih, 14, fugiram para a Europa
um dia depois de sua libertação de uma prisão em Labore. Enquanto pediam asilo
religioso, mantiveram-se escondidos, pois estavam ameaçados de morte. Quatro
paquistaneses cristãos também tiveram que sair do país. Outros quatro já foram
assassinados, acusados de blasfemar contra a religião islâmica.
Boas Novas que chegam do mar
O Doulos está ancorado na índia
O ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, foi um dos convidados de honra na
abertura oficial da visita do navio Logos II ao porto de Swansen, no País de Gales.
Impressionado com os resultados do ministério, Carter elogiou o esforço dos missionários,
que já distribuíram quase 650 mil Bíblias e Novos Testamentos pelo planeta. Os números do
Doulos — o outro navio cujo ministério é apoiado pela Operação Mobilização — também são
animadores: mais de 750 mil Escrituras Sagradas, totais ou parciais, espalhadas por vários
portos do mundo. Durante o mês de janeiro, o Logos II estará em Portugal, enquanto o Doulos
ficará ancorado na índia.
Conversão é crime na Malásia
Enquanto o número de mesquitas cresce, as igrejas sofrem restrições na Malásia
"Quem nasce muçulmano morre muçulmano." Esta é a filosofia do governo da Malásia,
que vem criando restrições ao trabalho de evangelização do país. No ano passado,
foi aprovada uma legislação que prevê duras punições, inclusive com prisão, aos
muçulmanos convertidos ao islamismo. Diversas mesquitas estão sendo construídas
em todo o país, mas os obstáculos à edificação de igrejas são maiores a cada dia.
Cabe lembrar que, a despeito das proibições, a liberdade religiosa é garantida
pela Constituição da Malásia.
Liberdade vigiada no Iraque
Saddam Hussein, homem-forte do Iraque
Desde a Guerra do Golfo, cerca de 500 mil Bíblias e porções das Escrituras já foram
importadas pelo Iraque. O governo de Bagdá concedeu permissão para a impressão de um
número limitado de Bíblias e livros para crianças. Por conta da vigiada liberdade
religiosa no país, o filme Jesus já foi televisionado em diversos idiomas, inclusive
o árabe e o curdo. Ao contrário de outros países islâmicos, o Iraque tem permitido a
construção e a restauração de igrejas.
Se você tem notícias do campo missionário e quer divulgá-las, envie um texto de oito
a dez linhas (papel oficio, corpo 12) com uma foto colorida de cada matéria para:
Revista VINDE - Rua Luis Leopoldo Fernandes Pinheiro, 604/102 andar - Niterói, RJ -
CEP 24001-970, aos cuidados de Marinês de Biasi.
Correio Missionário
Escreva para estes missionários brasileiros que têm dedicado seu tempo,
suor, saúde e recursos para levar o Evangelho a vários pontos do Brasil
e do mundo, oferecendo a eles uma palavra de incentivo e seu apoio.
Hamilton e Rose Bossan
Caixa postal 154
CEP 69301
Roraima
Carlos M. Dantas
Caixa postal 6180
CEP 80011-970
Curitiba - PR
Humberto Maia Aragão
R. Manoel Bosco Ribeiro, 426
Jardim Industrial
CEP 12241-070
São José dos Campos - SP
Daniel e Nilvana Rezende
Praceta Filinto Elisio, 10/40 B
Carnaxide - Linda-a-Velha
Portugal
José Carlos Alcântara da Silva
Caixa postal 112
CEP 78580-000
Alta Floresta - MT
Duzentos evangélicos estão presos injustamente, acusados de envolvimento com o terrorismo no Peru
Por Jorge Antonio Barros
Texto e fotos de Jorge Antonio Barros
enviado especial a Lima e Ayacucho, via d'Ávila Tours
Segundo estado mais pobre do Peru,
Ayacucho é o berço do Sendero Luminoso
MARCADO pela desigualdade social, o Peru vive, na surdina, outra cruel contradição em consequência
da luta ferrenha desencadeada pelo governo forte de Alberto Fujimori contra o terrorismo que devastou o país.
Enquanto a igreja evangélica, assim como a sociedade peruana, se vê tranquilizada pelos resultados da Dincote
(Direção Nacional de Combate ao Terrorismo), da Polícia Nacional Peruana, mofam nos cárceres do país nada menos
que 200 evangélicos, condenados injustamente a penas que variam de cinco a 30 anos, acusados de envolvimento com
o grupo guerrilheiro Sendero Luminoso, um dos mais violentos que já surgiu na América Latina.
Arcangel Saurie escapou da emboscada que resultou
na morte do primo Rômulo e acabou sendo eleito
congressista no Peru
A contradição maior é que foi justamente o Sendero Luminoso que, na tarde de 5 de setembro de 1992, matou,
numa emboscada em Ayacucho, quatro evangélicos, entre eles o líder quéchua (povo indígena) Rômulo Saufie,
que virou um mártir da igreja evangélica peruana e tema do livro Ayacucho para Cristo, dos americanos W.
Terryn Whalin e Chris Woehr (ver matéria na página 32). Uma semana após a morte dos quatro de Ayacucho
(Rômulo; seu irmão, Ruben; o sobrinho Marco e o primo Josue), foi preso o líder e fundador do Sendero
Luminoso, professor Abimael Guzman, condenado a prisão perpétua. O governo Fujimori começava a dar o
xeque-mate numa disputa que resultou, ao longo de 15 anos, em mais de 20 mil mortos e um prejuízo de 22
milhões de dólares ao país.
SOBREVIVENTE - Único sobrevivente da emboscada do Sendero em Ayacucho, Arcangel Miguel Quicafia, 44 anos,
primo e amigo de infância de Rómulo Saufie, foi eleito congressista dois anos após o atentado. "A igreja
evangélica teve um papel muito importante no combate ao terrorismo no Peru", afirma Quicafia, que esteve
no Brasil em 1993 dando seu testemunho em várias igrejas evangélicas. "Só Deus sabe porque fui salvo das
balas do Sendero", conta Quicaria. Depois de eleito, ele não usa mais o primeiro nome. "Arcangel foi morto
com Rômulo", dramatiza.
Se a igreja foi mesmo uma das forças que freou o avanço do Sendero, como diz Quicafia, por que então mais
de 700 evangélicos já pararam atrás das grades, acusados de terrorismo? No afã de combater o terrorismo que
se instalou no país no início da década de 80, o governo forte de Fujimori decretou a lei do arrependimento,
que reduz a pena de militantes na guerrilha em troca da delação. Para se vingar de evangélicos com os quais
se confrontavam, os guerrilheiros forjaram denúncias envolvendo os religiosos. Um advogado que integrou a
comissão de direitos humanos do Conep (Concílio Nacional Evangélico do Peru) obteve informações de que guerrilheiros
do Sendero Luminoso chegaram ao requinte de esconder armas em igrejas para incriminar evangélicos.
A 3 mil metros, Ayacucho virou uma dos bases da ação do Sendero Luminoso
DENÚNCIAS FALSAS - As principais consequências dessas denúncias falsas foram processos sumários, julgados às
pressas em tribunais sem rosto e com provas inconsistentes. Um dos casos mais dramáticos é o do casal Juan
Carlos Chuchon Zea e Pelagia Salcedo Pizarro, membros da Assembléia de Deus, condenados injustamente a 30 anos de prisão.
Em 11 de dezembro de 1992, eles foram detidos em casa, num subúrbio de Lima, acusados de integrar o Socorro Popular,
organização de apoio ao Sendero. Sem a presença do ministério público, a polícia invadiu a casa de Chuchon, onde alegou
ter encontrado granadas, munição, explosivos e material de propaganda subversiva.
Chuchon e a mulher garantiram que o material foi plantado pela polícia, depois de serem submetidos a uma longa sessão
de torturas na presença dos dois filhos. Hoje, Chuchon e Pelagia estão, respectivamente, nas prisões de segurança máxima
de Yanamayo e Santa Mônica. A história do casal de evangélicos condenados injustamente é um símbolo da crueldade de que
tem sido vítima a igreja evangélica peruana. Nascidos em Ayacucho - onde também nasceu o Sendero Luminoso - eles deixaram
a cidade depois que vários parentes seus foram assassinados pelo Sendero. Deixaram sua cidade natal para escapar do grupo
terrorista. Mas acabaram sendo vítimas da repressão policial em Lima.
Juan Mallea, com o filho, virou bode expiatório
de grupos paramilitares
Outro evangélico, o taxista Juan Mallea, de 36 anos, também virou símbolo da luta da igreja contra
o autoritarismo no Peru. Preso com um guerrilheiro no banco de trás de seu táxi, Mallea foi acusado
de participar do massacre de La Cantuta, em que nove estudantes e um professor universitário desapareceram
em 1992. O governo queria transformá-lo num bode expiatório para esconder a ação de grupos paramilitares -
estes sim, responsáveis pelas mortes dos universitários. Mas o Conep, com apoio do movimento internacional
de direitos humanos, conseguiu provar a inocência de Mallea.
GUERRA SUJA - Assim como na Colômbia, a igreja evangélica peruana sobrevive entre as bombas do terrorismo e
os fuzis dos militares. A partir do massacre de Callqui, em que seis evangélicos foram executados por militares,
em 1984, a igreja perdeu as ilusões de que poderia estar a salvo nas mãos da repressão. O caso serviu também
para despertar entidades como o Conep, que existe há meio século, mas somente na última década começou a se
preocupar mais com a questão dos direitos humanos naquele país.
O governo Fujimori combateu o
terrorismo com uma propaganda violenta
O massacre de Callqui deixou marcas. "Cantem, cantem para não ouvir os tiros", diziam os oficiais para os
fiéis em pleno culto de onde foram tiradas as vítimas. A reportagem de VINDE localizou pelo menos um militar
que confessa alguns métodos da guerra suja no combate à guerrilha. Nascido em lar evangélico, o ex-sargento
Oscar Huarac Sanchez, 26 anos, serviu o Exército por dois anos na região de Ayacucho, no auge do Sendero
Luminoso. Ali testemunhou ações genocidas do Exército contra povoados onde os senderistas se refugiavam após
ações terroristas. Certa vez, ele conta, os oficiais enviaram helicópteros para bombardear um pequeno povoado
sem a menor confirmação de que lá se escondiam guerrilheiros. Ele revela também ter visto os soldados disputarem
quem era mais violento matando terroristas e tirando-lhes o coração a punhaladas.
Um temor nasceu no coração do sargento Huarac quando seus superiores determinaram que as tropas fizessem uma
operação pente fino nas igrejas evangélicas da região de Ayacucho em busca de provas de uma fantasiosa conexão
entre o Sendero e os cristãos. "Foi aí que pensei em deixar o Exército", lembra Huarac.
Curiosamente, "onde a violência foi mais dura houve o fenômeno da multiplicação de cristãos", conta o missionário
e cientista Pedro Hocking, coordenador da Rede Ágape no Peru. A Rede Ágape, vinculada à missão Portas Abertas,
atua em favor da igreja perseguida na América Latina. "A igreja peruana já aprendeu a fazer uma oração de guerra
contra principados e potestades que estão por trás da violência", diz Hocking. No final do ano passado, o Conep
lançou em todo o país a campanha de oração e solidariedade aos detidos injustamente por terrorismo.
O missionário Pedro Hocking diz ter provas de sobra do poder da oração. Ele lembra que, no auge da guerra, a
igreja conquistou uma coleção de testemunhos de "milagres de proteção" - armas que engasgavam e navalhas cujos
fios simplesmente não cortavam.
Sendero de mortes e trevas
Após a captura do líder Abimael Guzmán Reynoso, o presidente Gonzalo, houve um racha no Sendero Luminoso.
Um grupo concordou em se empenhar num acordo de paz com o governo peruano, enquanto outro optou por permanecer
na clandestinidade, prolongando a luta armada em direção do sonho de uma revolução maoísta. Este grupo - mais
intransigente é formado hoje por não mais do que 600 homens escondidos nas selvas peruanas, sob o comando do
ex-estrategista militar de Gusmán, Oscar Alberto Ramirez Durand, o camarada Feliciano, um homem de 42 anos
disposto a tudo para não se dar por derrotado. Filho do general de Brigada do Exército peruano Oscar Ramirez
Martinez - que o deserdou - o camarada Feliciano é hoje o homem mais procurado do país. Com o que restou do Sendero,
ele se movimenta a cavalo pelas selvas do Estado de Ayacucho, justamente onde nasceu o Sendero Luminoso.
Embora esteja reduzido à sua quarta parte, o Sendero Luminoso ainda representa um perigo para o governo peruano,
que enfrenta também ações do grupo menos radical MRT (Movimento Revolucionário Tupac Amaru). Temendo ser alvo de
algum atentado, o presidente Alberto Fujimori não se movimenta no país sem estar escoltado por forte esquema de
segurança. Foi assim na última semana de outubro do ano passado, quando ele esteve em visita a Ayacucho. Ali,
Fujimori admitiu que o poder judiciário é lento, mas vai revisar as penas de condenados injustamente por terrorismo.
A 800km de Lima, Ayacucho fica a cerca de 3 mil metros de altitude. É o local de origem do Sendero Luminoso, em 1980.
Uma das sementes do Sendero foi, sem dúvida, a miséria e a desigualdade social que marcam o Peru. A capital do país,
Lima, tem hoje 50% da população vivendo em favelas. Ayacucho é o segundo Estado mais pobre do Peru. Sua renda per capita
não chega a um terço da média nacional, como diz o professor mexicano de Ciências Políticas e Sociais Jorge Castarieda,
autor do livro Utopia Desarmada, que conta a história dos grupos de esquerda na América Latina.
Nesse terreno fértil, o Sendero Luminoso transformou-se num dos mais violentos e intransigentes grupos armados da
esquerda latino-americana. Repórter da Unidade Investigativa do El Comercio, Miguel Ramirez lembra que a violência
do Sendero atingiu o auge em 1992, com a explosão de um carro-bomba num edifício da Rua Taram, no bairro de Miraflores,
onde vive a nata da sociedade limenha. A ação terrorista resultou em 15 mortes.
Os números da guerra anti-terror
Mortos: entre 20 mil e 30 mil, 735 deles evangélicos
Refugiados: 700 mil
Exilados: 300 mil pessoas deixaram país, em 91, no auge do terrorismo
Desaparecidos: 5 mil
Presos Políticos: 1 mil
Prejuízos: US$ 22 milhões
* Dados relativos aos últimos 15 anos
Os Saufie, uma saga de sangue
Josué Sautie sucedeu o irmão Rômulo (entre a irmã e a tia) à frente dos evangélicos quéchuas peruanos
Descendente do império inca, a família Saufie tem uma saga escrita com sangue. Três anos antes da morte
dos quatro de Ayacucho, entre eles o líder cristão quéchua Rômulo Saufie, foi assassinado o avô dele,
Justiniano Quicara. O ancião teve a língua cortada por integrantes do Sendero Luminoso, o mesmo grupo
que matou seus netos, curiosamente no mesmo local - Chalciqpampa, lugarejo nos andes a cerca de 151cm
de Ayacucho, no sudeste do Peru. A região é dominada pelos quéchuas, povo indígena que vive no Peru,
Bolívia e Equador.
Josué Sautie
Casado com a americana Donna Saufie, com quem teve quatro filhos, Rômulo Saufie era
conhecido por missionários de todo o mundo por sua liderança cristã entre os quéchuas peruanos. Ele se
tornou célebre ao concluir a tradução da Bíblia para a língua quéchua após 13 anos de trabalho, com a
ajuda do missionário presbiteriano Homer Emerson, já morto. Rômulo foi assassinado pelo Sendero pouco
depois de concluir o trabalho. "Quando terminar, quero levar a Palavra de Deus aos muçulmanos", dizia
Rômulo à mulher, Donna.
No dia 5 de setembro de 1992, Rômulo e seus parentes retornavam de um culto em
memória do avô, Justiniano. Na estrada dos Libertadores, que leva à Ayacucho, o grupo foi vítima da
emboscada do Sendero. Os guerrilheiros haviam incendiado cerca de 30 veículos que foram obrigados a parar.
Filha de missionários americanos que chegaram no Peru na década de 50, a viúva de Rômulo lembra que o país
vivia o auge da guerra promovida pelo Sendero. Por sua militância evangélica, Rômulo já havia recebido
ameaças do Sendero Luminoso.
O assassinato dos evangélicos quéchuas repercutiu como um estrondo entre as missões cristãs no mundo inteiro,
que imediatamente entraram em oração para que Deus desse um basta à ação terrorista no Peru. Por isso, Donna
não acredita que tenha sido simples coincidência a prisão do líder do Sendero, Abimael Guzmán. Uma semana depois
do assassinato, Guzmán foi pego e, logo depois, condenado à prisão perpétua. Quem não se lembra das imagens de
Guzmán enjaulado como uma fera, metido numa roupa listrada?
A prisão do líder e fundador do grupo maoísta nascido
nas salas de aula da Universidade de San Cristoban de Huamanga, em Ayacucho, foi o golpe de misericórdia no
Sendero. Aos poucos, o país supera o trauma do terrorismo, enquanto a igreja evangélica quéchua acaba de ganhar
um novo líder: Josue Saufie trotou uma vida confortável nos Estados Unidos como designer de jóias pela missão
de prosseguir o trabalho do irmão Rômulo no Peru. "O que mais importa hoje é fazer a obra de Deus. É ser rico
com Ele nos céus", garante Josue, um ex-delinquente que, por pouco, não ingressou no Sendero Luminoso. Nascido
em lar evangélico, se afastou da igreja até parar na cadeia, onde seria condenado a 15 anos. No dia em que planejava
fugir da prisão, teve uma visão em que um homem resplandescente lhe disse: "Todos os seus pecados estão perdoados.
Segue-me".
IGREJA EM CRESCIMENTO
Nome oficial: Peru
Capital: Lima
Nacionalidade: peruana
Idioma: aimará, espanhol e quéchua (oficiais)
População: 22,9 milhões (1994)
Religião: maioria católica e cerca de 8% de evangélicos
Missionários garantem fazer mais pelos índios do que se imagina
Por Danielle Franco, de Dourados (MS)
Os índios recebem assistência médica e espiritual dos missionários
Um estranho fenômeno social verificado na reserva indígena caiuá, localizada na cidade de Dourados,
distante 210 quilômetros de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, pôs em cheque a presença dos missionários na região.
A informação sobre o crescimento no número de suicídios entre os jovens da tribo,
dada em tom de alarme por alguns jornais, veio acompanhada de uma suspeita:
a de que os evangélicos estariam aculturando os índios e provocando neles um enorme
sentimento de culpa depois de suas conversões ao Evangelho de Jesus Cristo.
A explicação sensacionalista serve como camuflagem para o problema real.
Sem dinheiro e emprego, os índios não-convertidos mergulham no alcoolismo e na depressão suicida.
De origem nômade, os caiuás, agora confinados na reserva, têm dificuldades para se adaptar
a uma economia voltada para o plantio e a criação de animais. Até a Funai tem se manifestado
contra a presença de missionários nas tribos, a ponto de criar instruções normativas
que impedem a entrada de evangélicos nas comunidades mais isoladas.
Para quem vive nas reservas a realidade é outra. De acordo com o vice-capitão Narciso Daniel,
que é evangélico, todos os jovens que se mataram estavam envolvidos com alcoolismo e sem emprego fixo.
Na opinião dele, essa desesperança é justamente a falta de intimidade com a Palavra de Deus.
"Quando o índio se converte, ele pára de beber e de fumar, se volta para a família", defende.
"O Evangelho não tira a cultura do índio. Ele sabe guardar o que é bom."
O professor de ensino religioso para crianças da aldeia, Isaque de Souza, compartilha da opinião.
Ele conta que já passou por esse problema. "Eu também pensei em me matar quando era mais novo.
Me sentia muito mal porque, além de pobre, era índio, e a gente se sente muito discriminado por isso.
Quando me converti, entendi o quanto que eu era especial para Deus. Então, resolvi estudar e
ser missionário. Os índios precisam, e muito, de ser evangelizados. A mensagem do Evangelho não
leva o índio ao suicídio. A ideia surge justamente pela falta dele", conclui.
Na realidade: o maior desafio dos missionários tem sido acabar com a crescente onda de mortes,
proporcionando a eles uma nova opção de vida.
O trabalho da Missão Caiuá, que fica ao lado da reserva, não é novo. Ela foi fundada no início
do século pelo missionário americano Albert Maxwel, e há 11 anos é dirigida pelo pastor
Benjamim Bernardes, da Igreja Presbiteriana do Brasil, que mora na reserva com a mulher e duas filhas.
A educação é uma das armas contra o desemprego na tribo
O pastor Benjamin explica que o atendimento à tribo nas áreas de saúde, educação, cultura e,
principalmente, evangelização, fez com que os índios caiuás ficassem conhecidos como
"a tribo que não morreu". Isso porque quando a missão iniciou seu trabalho na reserva, a tribo
era formada por quatro mil pessoas. Hoje, devido a todos os trabalhos desenvolvidos pelos missionários,
o número cresceu para nove mil. Mesmo diante desses resultados, os missionários têm sido impedidos
pela Funai de entrar nas reservas mais isoladas. O argumento para o impedimento é sempre o mesmo:
a destruição da cultura através da evangelização.
Um exemplo de que o evangelho não destrói a cultura indígena é o trabalho desenvolvido
pelo caiuá Dorival da Silva. Formado pela escola bíblica da Missão Caiuá, ele dirige
cultos evangelísticos dentro da aldeia. "Seria bom se mais pessoas viessem para me ajudar
na evangelização. Esse trabalho é muito importante. A conversão afasta o índio da bebida,
que provoca muitas brigas nas famílias. Outro dia, um índio chegou em casa bêbado,
brigou com a mulher e tocou fogo na sua casa. O índio que é crente não faz isso,
porque ele sabe que não pode beber", esclarece.
Família do missionário caiuá Dorival da Silva: harmonia entre o Evangelho e a cultura indigena
Funai restringe trabalhos missionários nas reservas
As relações entre as missões evangélicas e a Funai sempre foram delicadas.
Mas isso se tornou mais evidente a partir dc 1994, quando o órgão publicou no Diário Oficial
do dia 8 de abril duas instruções normativas, onde vários artigos restringem
ou vetam ações missionárias nas reservas. Uma das decisões que mais tem preocupado
as missões está na norma de instrução número 2, artigo 7, capítulo IX, que diz:
"O material didático produzido pela missão/instituição religiosa deverá ser submetido
ao departamento de educação e a utilização dos materiais bilíngües para veiculação
de textos bíblicos nas áreas indígenas, não serão autorizados".
Trabalhando na tradução do Novo Testamento para a língua caiuá desde 1969,
a antropóloga cristã americana Loraine Irene Bridgman decidiu conhecer e estudar
a cultura indígena por ter a convicção de que a mensagem do Evangelho deve ser
levada a todos os povos. Atualmente sem licença da Funai para entrar nas reservas,
ela está morando na Missão Caiuá e, com a ajuda do índio Xisto Sanches, está
traduzindo o livro de Salmos. 'Eu sei que o mundo não quer que o Evangelho chegue
a nenhum lugar. Então, se as pessoas não compreendem a importância desse ministério,
elas não deveriam impedir o trabalho. Não é assegurado por lei a liberdade de religião?",
questiona. Em relação às críticas de que o trabalho missionário acultura os índios,
Loraine é categórica: "A conversão ao cristianismo gera transformação, mas para uma
vida nova. Isso não significa que você vai deixar de ser você mesmo. Eu não deixei
de ser americana, portanto, o índio não deixará de ser índio", argumenta.
Atualmente, a maior preocupação da antropóloga é dar continuidade ao trabalho de
tradução da Bíblia. Com 69 anos, teme não ver seu projeto terminado, principalmente
depois das normas impostas pela Funai. "Estou orando para que Deus levante pessoas
comprometidas com o trabalho missionário. Os povos indígenas também precisam de salvação", alerta.
Surpreso também com essa iniciativa, Carlos Terena, que atualmente trabalha
no Departamento de Comunicação da Funai, desabafa: "Quando me converti,
passei a ter amor próprio e a me reconhecer como um povo diferente, como Terena.
índios, como vocês nos chamam. Senti uma razão maior para viver até quando losko'oviti
me chamar". Sua preocupação vai mais além. "Onde está o nosso direito universal
como seres humanos, criados à imagem e semelhança de Deus, com a liberdade de
conhecer a verdade em nossa língua? Aceitarmos ou não, é outra questão.
Ninguém tem o direito de nos restringir, patrulhar ou decidir o que é melhor
para nós através de normas de gabinete. Hoje, o governo oficializa essa situação
conosco. Quem sabe não é um precedente para que se faça isso com os evangélicos
não-índios amanhã? Até este momento, as missão que sempre tiveram um trabalho
sério, respeitado e organizado são as que estão sendo atingidas", denuncia.
Procurado pela revista para esclarecer essa determinação, o presidente da Funai,
Márcio Santilli, não respondeu ao fax que foi enviado.
A tendência política indica um futuro Estado islâmico na Turquia
A Turquia tem trabalhado no sensido de islamizar o mundo.
Algumas iniciativas deixam claro tal propósito, como o oferecimento de 150 bolsas
de estudo para quem desejar estudar o islamismo.
Além disso, quando a Rússia suspendeu a TV por satélite do Azerbaijão devido à falta de pagamento,
a Turquia se apressou em oferecer o TURKSAT. Por sua posição de destaque, a Turquia tende a
influenciar politicamente as cinco repúblicas turcas da antiga União Soviética:
Azerbaijão, Casaquistão, Quirgistão, Turcome-quistão e Uzbequistão.
Se os rumos políticos vão acabar na democracia ou num Estado islâmico, não se sabe,
mas a segunda opção parece a mais provável. Os muçulmanos fundamentahstas venceram
as eleições na capital e em várias outras cidades, e já começam a pressionar
armênios, gregos, alevitas, secularistas e 1 mil evangélicos que lá habitam.
A luta que os convertidos enfrentam na Turquia fica melhor ilustrada pela história de Ali,
um desempregado de 22 anos que invejava o estilo de vida opulento dos europeus.
Depois de surrado pelo professor de Cotão, se converteu ao cristianismo.
Sempre que estrangeiros cristãos se aproximam dele, os muçulmanos o acusam de
ligações com a CIA (Agencia Central Americana de Inteligência), o que pode significar
prisão ou morte. Só por nossas orações, Ali e outros convertidos podem permanecer
firmes na fé e protegidos do mal.
China: uma muralha espiritual
No extremo oriente da China, em Xinsiang, moram sete milhões de uygurs,
que aguardam a perestroika chinesa para serem libertados dos odiados han.
Há 15 mil mesquitas que distribuem a sua literatura em chinês nos mercados.
Apesar de intensas pressões sociais e familiares, cerca de uma dúzia de uygurs
escolheram seguir a Cristo. Não existe nenhuma igreja uygur, embora haja igrejas
han em 27 localidades dentro de Xinsiang.
O Novo Testamento foi completamente traduzido na língua uygur cm 1992,
e atualmente é transmitido pelo rádio e por um curso por correspondência.
Ore para que esse trabalho venha dar muitos frutos.
Os 300 do Azerbaijão
No Casaquistão, o Novo Testamento é disponível na escrita árabe e dois
Evangelhos em cirílico. Em 1993. havia 50 cristãos em Almary, capital do país.
A cidade é 40% muçulmana e tem uma bela mesquita doada pela Turquia.
A Arábia Saudita tem enviado cópias do Corão gratuitas, que estão sendo
lidas pela primeira vez por muitos muçulmanos. Hare Krishna, lunáticos, Baha'i,
Nova Era, Sufi Místicos e outros competem por um segmento entre os 8 milhões de casaques.
O Azerbaijão também é alvo de disputa.
Neste país, a TV. armas e dinheiro para construção de mesquitas vêm do Irã.
Hoje são vistas 50 mesquitas, em lugar de apenas 18 em 1989, Cerca de 300 azerbaijãos
seguem a Cristo. Em 1989 eram apenas 9. Destes, 200 freqüentam pelo menos uma tarde de Escola Bíblica.
Com Cristo no barco
O Doulos está no livro dos recordes
Um velhinho de SI anos continua viajando pelo mundo e pregando o Evangelho
com o mesmo pique da juventude. O M.V. Doulos. da Operação Mobilização,
entrou para o Livro Guinas dos Recordes como o mais antigo navio de passageiros
ainda navegando.
Construído em 1914 e adquirido pela organização missionária em 1977,
ele estará visitando a índia novamente no início de 1996.
Planeta Índia
Se evangelizar um país como o Brasil, em que todos falam o mesmo idioma, já dá problemas,
imagine levar a Palavra a uma nação com mais de 1,5 mil idiomas e dialetos?
Os missionários da Operação Mobilização continuam firmes no desafio de ganhar a índia para Jesus.
Dentro do prazo de dois anos, eles pretendem distribuir 1 milhão de livros contendo textos
evangelísticos e partes das Escrituras, dentro do Projeto Luz.
A estratégia do OM para evangelizar a índia é
realizada através da distribuição de literatura,
dentro do Projeto Luz
A tarefa não é fácil.
A Índia tem mais de 950 milhões de habitantes, dos quais mais de 50% não sabem ler.
Há cerca de 400 mil vilas sem uma igreja sequer. Por outro lado, os preços para produção
de livros são mais baratos.
As crianças da índia têm sido o principal alvo da Operação Mobilização naquele país.
Os pequenos indianos estão sendo evangelizados através do Projeto Bom Pastor,
que promove trabalhos sociais e espirituais em algumas das regiões mais pobres da índia.
O ministério realiza classes de Escola Dominical, ensino de cânticos e histórias bíblicas
e exibição de filmes, entre outras atividades.
O trabalho, além de apontar um caminho para a infância desassistida, é uma oportunidade
de alcançar seus familiares para o Evangelho. Se você quiser conhecer mais sobre o trabalho
missionário na Índia, ligue para a OM no telefone (0123) 31-6635.
Fonte: World Wide - julho/agosto 1995 John Bardsley.
Adaptado e traduzido por Mausi Machado - Comitê Missionário.
Colaboração: Marins de Biase
Correio Missionário
Os missionários precisam saber que alguém se importa com o trabalho realizado no campo.
Todo mês, esta coluna estará fornecendo endereços de pessoas que estão pregando a
Palavra de Deus não apenas no Brasil, mas até os confins da Terra, Escreva para eles.
Ronaldo e Rossana Lidório PO Box 5150 Accra - North Gana West Africa
José Dilson e Marli C.P. 326 Bissau - Guiné Bissau África
Gilberto e Edméa S. Carvalho Calle Curupay 994 Esq. Concepcion Barrio Hipodromo Assuncion - Paraguai
Maria das Graças Britto M/N Logos II Postfach 1565 D-74819 Alemanha