Mostrando postagens com marcador ciça maia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ciça maia. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 1 de dezembro de 1995

Espírito espetacular

Campeã mundial de caratê, Ciça encontrou a vitória em Cristo

Carlos Fernandes

Uma atleta bem condecorada

Chico Ferreira/ Editora Três
Ciça foi incluída no
Livro Guiness

Categoria: peso-médio
Títulos: primeira atleta latino-americana a ser incluída no Livro Guiness dos Recordes pelo título de campeã mundial de 92, no Japão;
tricampeã carioca e paulista;
pentacampeã brasileira;
tetracampeã sul-americana


O testemunho de Maria Cecilia de Almeida Mala é tão forte quanto os golpes de caratê que ela aplica. Detentora de importantes títulos na arte marcial, Ciça precisou enfrentar, no tatame da vida, lutas mais difíceis do que aquelas que lhe proporcionaram momentos gloriosos no esporte. Mas conheceu a verdadeira vitória há quase cinco anos, quando lançou-se sobre Jesus. Nem mesmo um mae-gueri - golpe fortíssimo que geralmente leva ao nocaute - poderia causar-lhe tamanho impacto.

Foi somente aos 21 anos que Ciça iniciou-se no caratê, mas bastou um ano para que sua habilidade a levasse às seleções carioca e brasileira, e à conquista dos primeiros títulos no esporte. Sua extensa galeria de troféus e medalhas na categoria peso-médio inclui os tricampeonatos carioca e paulista, o pentacampeonato brasileiro, o tetra-campeonato sul-americano e o campeonato mundial de 1992, no Japão, a maior conquista de sua carreira, que lhe valeu a indusão no Livro Guiness dos Recordes. Ciça é a primeira atleta latino-americana a ganhar esse título. Como da mesmo diz, "entrar para o Guiness foi maravilhoso, mas ter meu nome escrito no Livro da Vida, através de Jesus, é muito mais espetacular".

DROGAS - O entusiasmo com que a atleta de Cristo fala de sua experiência espiritual é justificável. Ciça foi uma criança violenta. A pobreza e a dor de não ter tido um lar - não conheceu o pai e foi criada longe de sua mãe - fizeram dela uma pessoa desajustada, que chegou a ser expulsa de colégio interno por causa do mau comportamento. "Eu era deprimida e revoltada, principalmente com Deus, porque achava que ele tinha feito uma maldade comigo. Eu não tinha nada, nem uma família", conta. Separada dos irmãos aos sete anos, Ciça foi acolhida por uma comissária de menores, com quem ficou por três anos.

Filmes de luta despertaram seu interesse desde criança, principalmente os que eram estrelados por mulheres. Praticar alguma arte marcial era seu sonho. Ainda adolescente, foi viver com outra família, trabalhando como babá. Quando começou a estudar, passou a conviver com pessoas mais velhas, que a levaram ao envolvimento com prostituição e, mais tarde, ao vício. "Eu achava que as drogas iam me fazer esquecer todos os problemas mas, quando elas acabavam, eu entrava em depressão. Comecei a frequentar casas de traficantes e bocas-de-fumo. Não conseguia mais largar", relembra. Mesmo na época em que passou a praticar o caratê, Ciça levava drogas nas viagens de competições. Quando não tinha dinheiro, praticava pequenos furtos para conseguir tóxicos. Ela descreve essa época como um tempo de tristeza, solidão e medo. "Eu queria sair disso e não sabia como", lembra a atleta.

Foi "então que Ciça conheceu uma pessoa que falava "de um amigo legal e um caminho verdadeiro" e a convidava para uma reunião próxima à sua casa, na Tijuca, Rio de Janeiro. "Essa pessoa teve muita sabedoria, e foi usada pelo Espírito Santo para me falar de uma esperança. Contava sobre jovens que já haviam passado pelas mesmas coisas que eu estava passando e haviam se tornado pessoas libertas e felizes. Ela me dizia que eu deveria ter essa experiência, mas eu sempre adiava".

Chico Ferreira/ Editora Três
Ciça encara a arte marcial
como uma habilidade recebida
para louvar o Criador

A CONVERSÃO - A evangelização durou quase um ano, até que Ciça resolveu atender ao convite no dia 15 de janeiro de 1991. A campeã descreve a experiência como diferente de tudo o que já tinha provado, de todas as emoções dos títulos que conquistara em vários países do mundo. Ela se emociona ao contar que "nada tinha sido semelhante ao amor de Deus que eu estava recebendo naquele dia. De lá para cá, minha vida ganhou um brilho diferente e uma esperança real. Tornei-me uma pessoa feliz, sem drogas. Sou importante para Jesus, não preciso mais me prostituir".

HABILIDADE - Hoje, aos 29 anos, Ciça é casada com o goleiro Fábio - também Atleta de Cristo - e tem uma filha, Ana Carolina. É membro da Igreja Missionária Evangélica Maranata, na Tijuca, Rio de Janeiro, a mesma onde se converteu. Por conta do nascimento da filha, ela precisou interromper a carreira, mas já voltou a treinar.

Entretanto, não compete desde 1993 devido a um problema comum a muitos atletas brasileiros: a falta de patrocínio. Os interessados em patrocinar a campeã podem ligar para (021) 717-5393. e falar com o pastor Ezequiel (Zick) Batista da Luz, líder dos Atletas de Cristo no Rio de Janeiro.

Ciça vê o caratê como uma habilidade dada por Deus. "Antes de cada competição, falo com o Senhor para que, se for da sua vontade, eu vença as disputas para a glória dele. Eu lutava para minha própria satisfação, mas hoje uso o meu esporte para falar de Jesus", diz. Com a autoridade de quem já experimentou muitas conquistas, Ciça compara: "A maior conquista que o ser humano pode ter debaixo dos céus é a salvação em Jesus Cristo".


Revista Vinde - Edição 3

--- Reage Fábrica Pastor Jimmy Swaggart Epistolas do Leitor Eles não gostam de oposição Os "ro...