Evangélicos participam da passeata que parou o Rio
Fotos: Frederico Mendes
A passeata foi uma festa da cidadania e reuniu evangélicos, personalidades e representantes da sociedade civil
Foi um milagre. Pela primeira vez na história da Igreja Evangélica brasileira, cidadãos batistas,
presbiterianos, da Assembléia de Deus e dezenas de outras denominações se engajaram num movimento
cívico de massa em que o objetivo não era o evangelismo. Pelo menos 3 mil evangélicos participaram
da caminhada Reage Rio, no dia 28 de novembro do ano passado, junto com uma multidão de
cariocas que foram para a avenida Rio Branco pedir paz para o Rio de Janeiro. Organizados em alas,
como as demais entidades presentes (de estudantes, aposentados, negros e mulheres, entre outras),
os evangélicos se destacaram pela criatividade e pela euforia dos gritos de guerra, como "o nosso
general é Cristo".
Moradores do complexo de Acari formavam o bloco de apoio à Fábrica de Esperança portando faixas com
sugestivos dizeres: "O sonho de Deus não pode virar pó"; "Nós confiamos na Fábrica de Esperança",
avisos claros de que não aceitam as acusações do governador do estado, Marcello Alencar, de que a
Fábrica é posto de estoque de drogas. Logo atrás, estudantes e funcionários do Seminário de Teologia
Batista do Sul, alunos do Colégio Batista e membros da Igreja Batista Itacuruçá, na Tijuca, traziam
bandeiras, faixas e camisetas com o slogan "Se chover amor, o Rio vai transbordar de paz". Choveu foi
água. Das 14h45 às 16h50, a cidade ficou debaixo de um dilúvio pra Noé nenhum botar defeito.
O pastor e professor Silvino Neto, diretor do curso de Educação do Seminário, que organizou a participação
da instituição na passeata, acredita que "está na hora de os evangélicos começarem a exercitar cidadania".
A seminarista Denaise Mello acrescenta: "Nós não fazemos parte do mundo, mas estamos nele. As pessoas
precisam da gente".
A paz em Cristo, proclamada pelo bloco dos cristãos, quase foi abalada, por volta das 19h, quando um bando
de funkeiros se infiltrou no grupo e, com ameaças e brigas, por pouco não promove uma dispersão dos evangélicos.
Alguns, assustados, deixaram a avenida. A maioria não arredou pé e ainda revidou, gritando frases de apoio à
Fábrica de Esperança.
SEM PARANÓIA - Membros e pastores da Igreja Evangélica Maranata levaram a faixa "Permanecem a fé,
a Fábrica de Esperança e o amor". O pastor Sílvio Passos, da Maranata de Duque de Caxias — tradicional
cenário da violência do Grande Rio — é convicto defensor da participação evangélica em atos públicos.
"É nossa obrigação buscar a paz para a nossa cidade, pois nós também estamos insatisfeitos.
As balas perdidas também atingem as cabeças dos nossos filhos", diz. Ele acha que o cristão não pode
viver em paranóia: "Somos cidadãos do céu, mas também brasileiros. Ir para a rua é demonstrar que
estamos interessados em requerer das autoridades que façam jus aos votos que demos a elas".
Pequeno, mas muito animado, um grupo de jovens da Igreja Universal do Reino de Deus se uniu aos irmãos
da Maranata. Eles vieram de Duque de Caxias e se identificavam pela camiseta com os dizeres "Uma nova
geração sem drogas". Se inspirados pelo fato de um dos organizadores do evento ser o pastor presbiteriano
Caio Fábio D'Araújo Filho, se movidos simplesmente pela ira santa contra a violência do Rio de Janeiro, o
fato é que os evangélicos cariocas botaram o bloco na rua para dizer, alto e em bom som, a que vieram,
reagiram e ultrapassaram os portões dos templos.
A droga apreendida na caldeira desativada
pode ter sido plantada ou deixada por
traficantes em fuga
Não há indícios da conivência de funcionários da Fábrica de Esperança no episódio em que
foram descobertas drogas naquele local. Esta foi a principal condusão da comissão de
sindicância interna formada pelo reverendo Caio Fábio para investigar, em caráter administrativo,
o incidente em que foram encohtradas drogas no interior da Fábrica. A comissão, que trabalhou
durante uma semana e meia ouvindo funcionários e inspecionando as instalações do empreendimento
social em Acari, concluiu também que o local não era usado como depósito de drogas. No entender
do juiz aposentado José Gonçalo Rodrigues, que integrou a comissão, a quantidade & drogas encontrada
na Fábrica "representa patrimônio para os traficantes", sendo normalmente armazenadas em lugares
protegidos e de difícil acesso (os chamados paióis), e não em locais abertos ao público e por onde
transitam diariamente centenas de pessoas.
A comissão, que além de Gonçalo era integrada pelo tenente-coronel PM José da Costa Santos e pelo
delegado da Polícia Federal Neemias Carvalho Miranda - também já aposentados -, considera viáveis
duas outras hipóteses: a de que as drogas foram deixadas por traficantes em fuga da polícia e a de
que o material poderia ter sido plantado com o objetivo de prejudicar a Fábrica ou algum de seus
dirigentes e funcionários. Esta segunda alternativa é citada em duas cartas recebidas pela Fábrica
e Esperança na semana seguinte à ocorrência. Já a suspeita de que algum traficante poderia ter
deixado os tóxicos de passagem pelas instalações da Fábrica é reforçada pela precariedade do sistema
de segurança do empreendimento. Na ocasião do episódio, apenas 16 homens se revezavam na vigilância
do local, divididos em turnos, e todos desarmados. Além disso, a área dos fundos, com muitos setores
abandonados e cercada por muros, só contava com a observação de um segurança, cujo posto não permitia
uma visibilidade completa da área. Esse sistema de segurança já era utilizado pelos antigos responsáveis
pela empresa Formiplac.
A comissão de sindicância interna sugeriu à direção da Fábrica a instalação de mais postos de observação,
maior iluminação e a introdução de um sistema de comunicação por rádio, a fim de melhorar as condições de
segurança. Além disso, há a sugestão de que a vigilância seja feita em rondas, o que possibilitaria melhor
vigilância da área de 55 mil metros quadrados ocupada pela Fábrica.
Gonçalo lembrou que o trabalho da comissão se limitou a observar ar as condições de segurança interna das
instalações, além de analisar as condições em que se deu a localização das drogas tm um trecho desativado
da Fábrica.
A polícia que investiga a Fábrica de Esperança pode estar sendo influenciada pelo prejulgamento de Marcello Alencar
Por Carlos Fernandes
A condenação pública da Fábrica de Esperança gerou
indignação e a suspeita de que a polícia estaria sendo
obrigada a conseguir provas da suposta conivência dos
diretores do projeto com o tráfico de drogas
A condenação pública do megaprojeto social da Fábrica de Esperança pelo governador do Estado do Rio,
Marcello Alencar, colocou em xeque a independência da polícia, que se viu obrigada a buscar, a todo
custo, provas de que há conivência entre diretores da Fábrica e o tráfico de drogas em Acari.
No entanto, surge um obstáculo a essa lógica canhestra numa das conclusões da sindicancia administrativa
promovida na Fábrica de Esperança por uma comissão especialmente criada pelo reverendo Caio Fábio D'Araújo
Filho, presidente da Vinde (Visão Nacional de Evangelização), que coordena o projeto social. Após uma
semana e meia de investigações, a comissão formada por um juiz, um delegado federal e um tenente-coronel
da PM - todos apo-sentados - constatou não haver qualquer indício de cumplicidade por parte dos 186
funcionários da Fábrica de Esperança com a droga achada numa parte isolada da Fábrica, no ano passado.
Acreditar que há conivência entre a Fábrica de Esperança e o tráfico de drogas é o mesmo que imaginar que
todo o aparelho policial está a serviço do crime organizado e nem um pouco preocupado em combatê-lo.
Com seus 17 projetos sociais, alguns deles de cursos profissionalizantes, a Fábrica, na verdade, incomoda
não apenas os maus policiais - que entram nas favelas vizinhas para extorquir -, mas também o tráfico que,
obviamente, não quer abrir mão de seu celeiro de aviões e fogueteiros, aqueles meninos que transportam a
droga e atuam como sentinelas nas bocas-de-fumo.
LISTA DO BICHO - O reverendo Caio Fábio já lembrou que o fato de o número de policiais envolvidos com o
crime ter crescido no Rio não significa que o governador Marcelo Alencar compactua com a corrupção na polícia.
Preocupado com a isenção da polícia no episódio da Fábrica, o reverendo Caio Fábio solicitou a cooperação do
Ministério Público Estadual nas investigações. O promotor designado foi Antonio José Moreira, o mesmo que
chefiou as investigações da lista de propinas do jogo do bicho, onde foi encontrado o nome do governador
Marcello Alencar, em julho do ano passado.
Aparentemente, o delegado titular da 40a. DP, Mário Azevedo, teve uma posição isenta. "Aqui não se faz política",
disse o delegado ao reverendo Caio Fábio, o primeiro dirigente da Fábrica de Esperança a depor como testemunha
inquérito que apura a apreensão drogas no projeto social. O passado delegado, porém, pode não ajudá-lo a manter
a isenção por muito tempo. Toda a polícia sabe que, há alguns anos, ele foi encontrado conversando com um dos
maiores contraventores do Rio, o capitão Ailton Guimarães.
A Polícia Militar também não fica atrás nas suspeitas. Embora o tenente-coronel Marcos Paes - um oficial
comumente tratado pela imprensa como acima de qualquer suspeita - estivesse no comando da operação na Fábrica,
ele tem no 9° batalhão uma tropa nada amistosa. Quase sempre policiais daquela unidade estão nos jornais,
acusados de irregularidades e até corrupção. Foi no mínimo estranha, por exemplo, a atitude do tenente Aquino,
que participou da operação na Fábrica. Além de conduzir Marcos Paes diretamente ao local onde estava a cocaína,
numa área de 55 mil metros quadrados, o tenente Aquino foi visto à paisana, dias depois, acompanhando os
depoimentos de diretores da Fábrica. Normalmente a Polícia Militar se limita à ação ostensiva, longe da delegacia.
Para ter certeza de que houve conivência de funcionários da Fábrica com o tráfico de drogas em Acari, a polícia
precisaria, ao menos, prender o chefe do negócio ilícito, conhecido como Viriato. Acontece que nenhum estranho
entra na Favela de Acari - vizinha à Fábrica - sem ser notado pelo exército de olheiros e fogueteiros do tráfico.
É um território independente do estado. Além das dificuldades naturais, a polícia do Rio é hoje uma força
totalmente subordinada ao governo do estado. Com exceção da consciência crítica representada pelo chefe da
Polícia Civil, delegado Hélio Luz, a instituição está encurralada pelas pressões da sociedade, agravadas pelo
aumento do número de sequestros. À medida em que cresce o clamor da sociedade, acirra-se a disputa entre as
duas corporações policiais do estado.
JORNALISMO COMPROMETIDO - Ao contrário da maioria dos órgãos de imprensa, o jornal Folha Universal
de propriedade da Igreja Universal do Reino de Deus, optou pelo caminho dos ataques pessoais e acusações
inverídicas contra o reverendo Caio Fábio. Na edição de 3 de dezembro, o jornal publica inverdades (diz
que foram apreendidos sete mil sacolés de cocaína, errando por, cinco mil) e faz declarações estapafúrdias
e sem a menor veracidade, como a de que " a Fábrica de Esperança nasceu de uma reunião entre a cúpula da
Rede Globo, a Cúria Metropolitana, o reverendo Caio Fábio e a Visão Mundial".
Além disso, a matéria classifica como "malcriação" as respostas que o reverendo Caio Fábio deu ao governador,
após Marcelo Alencar, no dia seguinte ao episódio, ter ocupado a imprensa com acusações precipitadas.
A Folha Universal em sua cobertura, demonstrou a subserviência da Igreja Universal ao governo do estado,
ao qual está intimamente ligada - um de seus líderes, Aldir Cabral, recebeu a Secretaria de Trabalho como
retribuição pela colaboração na campanha de Marcello.
O governador é chamado de inteligente e tem seu governo elogiado. Certamente, os servidores públicos estaduais -
que estão sem aumento salarial há um ano e meio - não concordarão com isso. Mas a Folha Universal não se
importa e parece se empenhar no sentido de ser um boletim do governo estadual. Provavelmente, Marcello Alencar
deve estar mais satisfeito com a Folha Universal do que com o próprio Diário Oficial do Estado.
Cartas anônimas acusam a polícia
As cartas foram encaminhadas ao Ministério Público
A comissão de sindicância interna, que investigou as responsabilidades pela droga encontrada na Fábrica,
encaminhou ao Ministério Público Estadual duas cartas anônimas - uma delas com envelope timbrado da Polícia
Militar - informando que a cocaína foi plantada na Fábrica por policiais militares do 9º. Batalhão.
Os informantes anônimos dão detalhes sobre irregularidades praticadas por policiais sob as ordens do
tenente-coronel Marcos Paes, comandante daquela unidade. Como a carta beneficia a direção da Fábrica, os
integrantes da comissão se eximiram de emitir qualquer juízo de valor sobre as peças encaminhadas ao
Ministério Público.
O promotor Antonio José Campos Moreira informou à comissão já ter encaminhado as cartas à justiça e também
à Corregedoria da Polícia Militar, que vai investigar as denúncias. Uma das cartas, cujo autor assina como
sargento da PM, faz uma série de acusações, entre as quais a de que a droga encontrada na Fábrica já fora
apreendida em uma operação anterior e se encontrava em poder de policiais. Dizendo que "não aguenta mais
ficar calado", o autor da carta afirma que participou da ação na Fábrica e viu como "foi montado todo o
esquema". Em outro trecho, a carta afirma que o comandante Paes faz todo o possível para se promover,
inclusive reter drogas apreendidas para que "futuramente, em uma operação, possa chamar a atenção de todos
através da mídia, mostrando que ele está trabalhando".
A outra carta enviada ao reverendo Caio Fábio afirma que o coronel Paes forjou o flagrante de drogas na
Fábrica. O autor da carta diz que não pode identificar-se, por ser soldado do 9º. Batalhão, e em um de seus
trechos relata que "o citado oficial é primo de sangue ou de consideração do conhecido traficante ou fraudador
de seguros Carlinhos Martincar, sócio e receptador de armas do também conhecido Carlinhos do Fubá". A carta
acusa o comandante do 9º. Batalhão de ser "mais um braço do crime organizado", e que o episódio teria tido
um duplo resultado em seu favor: ganhar notoriedade e jogar a sociedade contra a Fábrica de Esperança, que
estaria atrapalhando o comércio de drogas no local.
Embora as cartas sejam anônimas, moradores do Conjunto Amarelinho confirmam que é comum os policiais entrarem
na favela trazendo drogas - o que eles chamam de "flagrante" - numa sacola de supermercado. Os moradores
denunciam policiais do 9º. Batalhão da PM como responsáveis pela maioria dos atos de violência cometidos na
área. Segundo eles, é comum também, nas incursões policiais, ocorrerem extorsões e execuções sumárias.
Os moradores denunciam, também, que o comandante do 9º. Batalhão PM, tenente-coronel Marcos Paes, sempre se
faz acompanhar por agentes já conhecidos na comunidade como achacadores e truculentos. O coronel Marcos Paes
não foi encontrado pela reportagem.
Membros do Partido Islâmico Armado assumiram o assassinato de quatro padres
O assassinato de quatro padres na Argélia foi mais uma demonstração da estratégia de
"extermínio de expedicionários cristãos", campanha implantada no país pelo Partido
Islâmico Armado. O grupo assumiu o crime, justificando-o como represália pela morte
de quatro membros do partido mortos na queda de um avião francês em Marselha.
Três dos padres eram professores e o outro havia acabado de chegar ao país para fundar
uma associação com a finalidade de promover o desenvolvimento das relações entre o
cristianismo e o islamismo. Com isso, sobe para 75 o número de mortes de estrangeiros
no país em função do fanatismo religioso.
CONFINS
FILIPINAS um grupo islâmico fundamentalista rebelde atacou a cidade cristã de Ipil,
situada na Ilha de Mindanao, ao sul do país, matando 47 pessoas. Os rebeldes
querem estabelecer um Estado islâmico nas Filipinas.
INDIA: diversas missões, como a Jocum - Jovens com uma Missão -, vêm concentrando
esforços na evangelização da índia, onde o trabalho é muito dificil. Além da grande
quantidade de dialetos, alguns dos quais exigindo anos de aprendizado, e do problema
da miséria, a população do país reverencia inúmeras divindades. Ainda assim,
acredita-se que, até o início do próximo século, todo o país será alcançado pelo
Evangelho, com literatura cristã disponível em qualquer língua ou dialeto.
ZAMBIA: os cristãos a que vivem no país pedem orações pela situação econômica e
social do país. O desemprego é grande, fazendo com que muitos jovens se convertam
à religião muçulmana, recebendo ajuda financeira de grupos religiosos.
IËMEN: o país se uniu ao clube dos regimes militares do Oriente Médio, que compreende
Sudão, Líbia e Iraque. Todos se declaram Estados islâmicos. O parlamento do Iêmen votou,
em unanimidade, pela adoção da lei islâmica como fonte de referência para a legislação
do país.
Evangélicos proscritos
Militantes islâmicos do Paquistão estão oferecendo recompensas em dinheiro para
quem conseguir matar dois cristãos acusados de blasfemar contra o islamismo.
Rehmat Masih, 44 anos, e seu sobrinho Salamat Masih, 14, fugiram para a Europa
um dia depois de sua libertação de uma prisão em Labore. Enquanto pediam asilo
religioso, mantiveram-se escondidos, pois estavam ameaçados de morte. Quatro
paquistaneses cristãos também tiveram que sair do país. Outros quatro já foram
assassinados, acusados de blasfemar contra a religião islâmica.
Boas Novas que chegam do mar
O Doulos está ancorado na índia
O ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, foi um dos convidados de honra na
abertura oficial da visita do navio Logos II ao porto de Swansen, no País de Gales.
Impressionado com os resultados do ministério, Carter elogiou o esforço dos missionários,
que já distribuíram quase 650 mil Bíblias e Novos Testamentos pelo planeta. Os números do
Doulos — o outro navio cujo ministério é apoiado pela Operação Mobilização — também são
animadores: mais de 750 mil Escrituras Sagradas, totais ou parciais, espalhadas por vários
portos do mundo. Durante o mês de janeiro, o Logos II estará em Portugal, enquanto o Doulos
ficará ancorado na índia.
Conversão é crime na Malásia
Enquanto o número de mesquitas cresce, as igrejas sofrem restrições na Malásia
"Quem nasce muçulmano morre muçulmano." Esta é a filosofia do governo da Malásia,
que vem criando restrições ao trabalho de evangelização do país. No ano passado,
foi aprovada uma legislação que prevê duras punições, inclusive com prisão, aos
muçulmanos convertidos ao islamismo. Diversas mesquitas estão sendo construídas
em todo o país, mas os obstáculos à edificação de igrejas são maiores a cada dia.
Cabe lembrar que, a despeito das proibições, a liberdade religiosa é garantida
pela Constituição da Malásia.
Liberdade vigiada no Iraque
Saddam Hussein, homem-forte do Iraque
Desde a Guerra do Golfo, cerca de 500 mil Bíblias e porções das Escrituras já foram
importadas pelo Iraque. O governo de Bagdá concedeu permissão para a impressão de um
número limitado de Bíblias e livros para crianças. Por conta da vigiada liberdade
religiosa no país, o filme Jesus já foi televisionado em diversos idiomas, inclusive
o árabe e o curdo. Ao contrário de outros países islâmicos, o Iraque tem permitido a
construção e a restauração de igrejas.
Se você tem notícias do campo missionário e quer divulgá-las, envie um texto de oito
a dez linhas (papel oficio, corpo 12) com uma foto colorida de cada matéria para:
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suor, saúde e recursos para levar o Evangelho a vários pontos do Brasil
e do mundo, oferecendo a eles uma palavra de incentivo e seu apoio.
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Esaú vendeu sua primogenitura ao irmão Jacó, por um prato
É difícil acreditar que, um dia, há milhares de anos, o neto de Abraão, Esaú, venderia sua
primogenitura ao irmão gêmeo, Jacó, por um prato de lentilhas, ainda que saboroso.
Naquela época, ser o filho mais velho dava vários direitos. Era imenso o desejo de Jacó de
receber a bênção de seu pai Isaque. Em Gênesis, capítulo 25, versículos 29 a 34, são narrados
os detalhes dessa troca.
"Jacó tinha feito um guisado, quando Esaú chegou do campo muito cansado.
Disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou muito cansado.
Por isso, se chamou Edom. Disse Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura.
Respondeu Esaú: Estou a ponto de morrer, logo, para que me servirá o direito de primogenitura?
Então disse Jacó: Jura-me primeiro. Ele jurou, e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó.
Jacó deu a Esaú pão e o guisado de lentilhas. Ele comeu e bebeu, e então se levantou e saiu.
Assim, desprezou Esaú o seu direito de primogenitura."
"E Isaque abençoou a Jacó dizendo: Sirvam-te os povos, e nações se curvem a de lentilhas ti.
Sê senhor de teus irmãos, e os filhos de tua mãe se encurvem a ti. Malditos sejam os que te
amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem" (Gênesis 27:29).
A palavia lentilha é mencionada em outros textos da Bíblia, todos do Antigo Testamento: 2
Samuel 17:28 e 23:11; Ezequiel 4:9. E quem saboreia um delicioso prato à base de lentilhas
como o que ensinamos nesta página pode ter uma idéia do dilema que se passou na mente - e,
principalmente, no estômago - do esfomeado Esaú. Apesar de não constar da tradição culinária
brasileira, é uma ótima opção para um cardápio original. Só não podemos esquecer que ele
preferiu a satisfação de seus desejos imediatos em detrimento de bênçãos futuras, das quais
abriu mão a um baixo preço.
Como fazer Lentilha Bendita
Ingredientes
1 pacote (1/2 kg) de lentilhas
4 dentes de alho
1 cebola média
cheiro verde
1 folha de louro
300g de carne-seca
1 cenoura
pimenta do reino (opcional)
sal a gosto
Modo de preparar
Coloque o pacote de lentilhas de molho em água fria de véspera.
No dia seguinte, ponha a lentilha para cozinhar com a folha de louro, até ficar bem mole.
Em outra panela. Faça um refogado com gordura, cebola picada e cheiro verde.
Ponha nele as lentilhas cozidas.
Junte mais um pouco de água e sal e deixe ficar em fogo fraco.
Deixe a carne-seca de molho na água para retirar o excesso de sal e jogue a água fora.
Cozinhe a carne-seca à parte, numa panela de pressão. por 20 minutos.
Um pouco antes de servir, junte as lentilhas e deixe ferver um pouco para tomar gosto.
Para engrossar.o caldo, amasse uma concha de lentilhas, passe-as na peneira e misture ao restante,
sem aproveitar as cascas. Decore com uma cenoura levemente cozida, cortada em rodelas.
Desorganização demais e público de menos não diminui delírio dos fãs do conjunto americano
Por Benilton Maia
Fotos de Pauty Araujo
Não foi bem o que se esperava. O show gospel mais aguardado do ano simplesmente não emplacou.
Não mais que duas mil pessoas estiveram na Apoteose, no Rio de Janeiro, assistindo à apresentação
do Petra no dia 9 de dezembro de 1995, num show marcado por muita desorganização. Programado para
começar às 16h, os portões só foram abertos depois das 17h e esperou-se mais de quatro horas pelo
início da apresentação. A galera deveria curtir as bandas Complexo J, Oficina G-3 e Fruto Sagrado
antes do Petra, mas o grupo não deixou ninguém cantar na frente deles. Vaias e protestos se sucederam
até o início do show. Quando os meninos de Nashville entraram no palco, pediram desculpas pelo atraso,
e fizeram a galera delirar.
Havia fãs de todos os gostos e lugares. Uns 40 jovens vieram de Vitória (ES),
trazidos por Valmir Lopes, da Karis Comunicações. Outros quatro fãs encararam 830 quilômetros de
Curitiba ao Rio, sem direito a hotel. Quatro irmãos de Cabo Frio formam um fã clube particular.
Mas a atração na platéia ficou por conta de Amarildo Esteves, de 22 anos, que veio de Petrópolis
com 30 pessoas e fez questão de trazer um Mickey de pelúcia. Convertido há 16 anos, Amarildo
conheceu o Petra há dez anos. "Eu tenho uma raridade que poucos possuem, o primeiro disco do Petra",
conta, sem esconder seu orgulho. Ele diz também que as pessoas só entendem um grupo de rock evangélico
quando conhecem de perto.
No show, o Petra não deixou a desejar. Não faltou animação e a galera vibrou com sucessos novos e
antigos da banda, que falavam do poder da oração, da amizade, do amor do cristão por Deus, entre
outros temas. No final, o vocalista John falou do amor de Jesus Cristo especificamente aos jovens
que ainda não conheciam a salvação. "Não sou um pregador", disse, "sou um músico que um dia encontrou
Jesus. Essa geração já teve muita coisa roubada, mas o amor de Deus não será roubado de vocês".
No apelo, dezenas de jovens levantaram as mãos e oraram com o vocalista.
Crítica / Petra * * *
Por Benilton Maia
A idade da banda - 23 anos - só serve para lhe conferir uma qualidade apurada, sem o peso do tempo.
No show, que começou bastante atrasado, o Petra mostrou ao vivo porque se mantém na liderança do gênero:
surpreendendo os fãs a cada novo trabalho, reinventa sua fórmula de sucesso. Tudo na performance da
banda funcionou. Os músicos executaram muito bem cada canção; os backing vocais estavam afinados
e de um modo especialmente harmonioso. O magnetismo e o carisma do grupo seguraram a empolgação da pequena
multidão de pouco mais de dois mil privilegiados.
O repertório, que deveria apenas promover o último trabalho
(o CD No Doubt está um arraso!), acabou sendo alterado, para delírio dos que esperavam ouvir antigos
sucessos. Era impossível não se emocionar e não se mexer com a interpretação de John Schillit, e sua voz
bela e inconfundível, aliada à unção poderosa do Espírito Santo, o que diferencia o Petra das bandas de rock
seculares. Quase duas horas depois o show termina e John ora pelos jovens que decidiram abrir o 'coração para
Jesus. Ele fala do amor e do propósito de Deus em nos salvar por seu filho Jesus.
Ao final, um gostinho de "quero mais" paira sobre a platéia.
Quem foi para ver o Petra de perto não se decepcionou. Foi demais!